A IV Caravana Cultural chega ao
município de Canudos
Fonte: canudosacontece
A quarta-feira da IV Caravana Cultural da
SecultBA começa desbravando o sítio histórico e arqueológico do Parque Estadual
de Canudos (PEC). Apesar da triste história do local, as suas belas locações
também são fonte de reflexão e contemplação. “Uma história tão bonita não deve
ser lembrada apenas como um palco de massacre, mas como um símbolo de luta
social, de resistência da população sertaneja”, coloca o prefeito de Canudos,
Genário Alcântara. Nossa conversa no PEC ocorreu no ponto estratégico Alto da
Favela, tendo como trilha sonora o artista local Bião de Canudos, interpretando
músicas em homenagem ao município. “O Alto da Favela é um ponto estratégico
pois aqui foi colocada a matadeira para atingir Canudos, daqui os canhões eram
disparados devido à visão frontal do arraial conselheirista”, explica Luiz
Paulo Neiva, coordenador do Parque e professor da Universidade Estadual da
Bahia.
De lá seguimos para o Memorial Antônio
Conselheiro, que visa preservar e perpetuar este momento tão significativo na
história do país. O Memorial abriga duas exposições, com curadoria por Claude
Santos. Uma delas, intitulada Imagens de Canudos, apresenta uma síntese do
trabalho de alguns artistas que tiveram a Guerra de Canudos como fonte de
inspiração para suas obras, sejam elas do Brasil ou do exterior e que buscaram,
com seus trabalhos, resgatar a história do povo do Arraial de Canudos. A outra
exposição, Euclydes da Cunha em Canudos, mostra o cotidiano de Euclydes da
Cunha no palco da Guerra de Canudos, tendo como fonte seus escritos e desenhos.
No auditório do Memorial, a equipe da SecultBA
assistiu à Mostra Cultural, onde foi apresentado um trecho da
emocionante peça Melelego, que retrata a Guerra de Canudos. A peça é
dirigida por Carlos Carneiro da Cia Teatral de Canudos, grupo que faz parte do
projeto social Canudos Desenvolvimento Sustentável Local.
OBS: Já em Jeremoabo cidade mãe, possuidora de grandes dados históricos, não possui um museu ou mesmo um centro histórico, a mesma fica a ver navios.
Até quando o povão vai continuar votando contra si? Chega da mesmice.