JEREMOABO PERDE PARTE DE SUA HISTÓRIA COM ABANDONO DE PATRIMÔNIOS CULTURAIS
Fonte: JV
PORTAL / JEREMOABO TV
RP:
9291/BA
Pintura como era o Casarão da Família Cel João Sá "Manoel de Chico"
Jeremoabo assiste, há anos, à destruição silenciosa de patrimônios históricos de grande relevância cultural, diante da omissão de representantes dos poderes Executivo e Legislativo do Município. Bens que guardam a memória, a identidade e a história do povo Jeremoabense vêm sendo deixados ao abandono, sem ações concretas de preservação, restauração ou proteção legal.
A falta de compromisso e de políticas públicas
eficazes tem permitido que o tempo, o descaso e a negligência apaguem marcas
fundamentais da construção social, religiosa e cultural da cidade. Cada
patrimônio deteriorado representa uma perda irreparável não apenas material,
mas também simbólica, atingindo gerações presentes e futuras.
É inadmissível que gestores e legisladores,
eleitos para defender os interesses da população, continuem permitindo a
destruição de espaços históricos que poderiam ser valorizados como instrumentos
de educação, cultura e turismo. Preservar a história de Jeremoabo não é um
favor, mas um dever institucional e moral.
A sociedade cobra responsabilidade, ações
urgentes e respeito à memória coletiva. Sem a valorização do passado,
compromete-se o futuro e enfraquece-se a identidade de um povo que tem orgulho
de suas raízes.
Abaixo, foto e pinturas de patrimônios que já não existe mais e, que deixará de existir.
Como era Antes
Frente da casa, hoje em ruínas A destruição de mais um patrimônio
histórico de Jeremoabo, hoje reduzido a ruínas, causa profunda
indignação e tristeza.
Lateral da casa, hoje em ruínas
Trata-se da Casa da família do Cel. João Sá, conhecida como Fazenda Bela Vista de Brotas, localizada no bairro que carrega o mesmo nome — um espaço carregado de história, identidade e memória para o município.
Pintura do antigo Mercado Muncipal na Praça Cel Antônio Lourenço " Jardim" (Manoel de Chico)
A destruição do antigo Mercado Municipal,
localizado na Praça Coronel Antônio Lourenço, representa uma
das maiores perdas já impostas ao patrimônio histórico e cultural de Jeremoabo.
Não se tratava apenas de um prédio antigo, mas de uma obra de grande
valor arquitetônico, símbolo de uma época em que a cidade se
estruturava como polo comercial, social e cultural da região.
A demolição dos Cajueiros e a lavanderia pública, em Jeremoabo, representa uma perda profunda para a memória, a história e a vida cotidiana da comunidade.
Pintura área externa dos Cajueiro "Manoel de Chico" A Durante muito tempo, aquele espaço foi mais do que um ponto geográfico: foi um lugar de encontro, sobrevivência e dignidade para os moradores da sede e dos povoados.
Pintura área interna , Cascata" dos Cajueiro "Manoel de Chico"Nos Cajueiros, a população encontrava as águas cristalinas da Pedra Furada, que serviam para matar a sede, lavar roupas e garantir o sustento diário de inúmeras famílias.
Pintura da antiga entrada da cidade, hoje Praça da Rodoviária " Manoel de Chico"
Parabenizamos ao saudoso Dr. Sá, pela
visão administrativa quando Prefeito, pelo compromisso com o desenvolvimento ordenado de
Jeremoabo. Ao promover a realocação de moradores na entrada da cidade, hoje, Conjunto João Paulo II, em uma área estratégica onde antes funcionava a corrente de controle para
entrada e saída de veículos responsáveis pelo transporte de produtos ligados à
economia do município, Dr. Sá demonstrou planejamento, sensibilidade social e
responsabilidade com o futuro urbano da cidade.
Primeira Casa de Jeremoabo "Casa das Almeidas", Praça da Matriz
Início das Ruínas
A demolição da primeira casa de Jeremoabo, localizada na Praça da Matriz, marca um capítulo triste na história do município. O imóvel, de grande valor histórico e simbólico, representava um dos marcos iniciais da formação da cidade e guardava a memória das primeiras famílias e do desenvolvimento urbano local.
Hoje, só o terreno
A Fazenda Caritá, patrimônio histórico e símbolo da formação territorial do sertão, primeira usina de cana de açúcar na Bahia, tendo com proprietário o Barão de Jeremoabo, vive hoje o triste retrato do abandono e da destruição. Local que outrora pertenceu a Jeremoabo, berço de inúmeras comunidades e hoje integrante do município de Sítio do Quinto, a Caritá carrega em suas paredes, agora em ruínas, capítulos importantes da história regional.
Pintura antigo Cemitério N.S. da Conceição "Praça do Forró" (Manuel de Chico)
Hoje, Igreja N.S.da Conceição
IGREJA N.S. DA CONCEIÇÃO: UM TEMPLO DE FÉ
ERGUIDO SOBRE O ANTIGO CEMITÉRIO
Na Praça Dr. Jonas de Carvalho Gomes,
popularmente conhecida como Praça do Forró, ergue-se a Igreja
de Nossa Senhora da Conceição, um dos mais significativos símbolos
religiosos e históricos de Jeremoabo.

A Casa da Cultura, símbolo da memória e da identidade de Jeremoabo, com seus belíssimos azulejos portugueses, encontra-se hoje praticamente desativada para visitação. Um espaço que deveria preservar e contar a história do município permanece fechado ao olhar da população e dos visitantes, impedindo o acesso às riquezas culturais, documentos e relatos que formam a trajetória do povo jeremoabense.
Mesmo após a desativação da delegacia, ocorrida em razão da transferência para seu próprio prédio, o antigo espaço permanece ocioso desde a gestão anterior. Trata-se de um imóvel público que poderia ganhar nova vida e utilidade, a exemplo de sua transformação em um espaço cultural, voltado à memória, à arte e às manifestações populares. Manter o local sem uso representa desperdício de patrimônio e de oportunidades para a comunidade, que carece de ambientes destinados à cultura, à educação e à valorização da identidade local.
O Mercado Municipal foi, por muitos anos, um verdadeiro palco de festas do povo, onde a alegria tomava conta nas celebrações do Natal, São João, Semana Santa e Réveillon. Era ali que o povo se encontrava, dançava, confraternizava e mantinha vivas as tradições que marcaram gerações. Hoje, essa história de encontros e festejos ficou apenas na memória, pois a tradição foi esquecida, e o espaço já não cumpre o papel cultural e social que um dia teve.

Este imóvel localizado em frente à antiga delegacia foi, por muito tempo, o espaço destinado aos artesãos, onde talento, criatividade e identidade cultural eram expostos à população. Com o passar do tempo, o local foi desativado e passou a servir a um órgão do Estado, deixando os artesãos sem um ponto fixo para apresentar e comercializar suas artes. Até hoje, a categoria cobra do poder público um espaço digno, que valorize o trabalho manual, preserve a cultura local e reconheça a importância dos artesãos para a história e a economia do município.JEREMOABO TV - JUNTO A VOCÊ !!!

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