10/06/2008

NENÊ ME FALE DE DEUS...
EU ESTOU ESQUECENDO!
Cristina Fam
Debruçando-se sobre o berço, ela falou: “Nenê, nenê, me fale de Deus... eu já estou esquecendo!”

Durante um workshop em Monterey, Califórnia, uma mulher se aproximou perguntando se poderia nos contar uma história. Era uma terapeuta que há alguns anos trabalhava com uma cliente, que acabara de dar à luz. A filhinha dessa cliente, de três anos de idade, vinha pedindo, com insistência, nos últimos meses, para ficar sozinha com o bebê. O pai e a mãe foram a uma sessão especial com a terapeuta para perguntar o que ela achava, diante das possibilidades e das histórias horríveis sobre rivalidade entre irmãos, pois a mãe temia que fosse esse caso. A terapeuta, que sabia ser a menina uma criança bem ajustada e feliz, que nunca antes apresentara um comportamento agressivo, sentiu que seu encontro com o bebê poderia ser muito bom. “Vocês possuem um intercomunicador em seu quarto e outro no quarto do nenê e ficar a sós com ele, se quiser. Vão para o outro quarto e ouçam. Se houver alguma dificuldade, poderão estar no quarto do bebê em um instante. Dêem-lhe uma chance e vejam o que acontece”. Os pais consideraram o conselho da terapeuta, deixaram a menininha de três anos no quarto do nenê e foram até seu quarto, para escutá-la.

Ouviu a menina fechar a porta e caminhar lentamente em direção do nenê. Debruçando-se sobre o berço, ela falou: “Nenê, nenê, me fale de Deus... eu já estou esquecendo!”

Autor desconhecido
Fonte: REVISTA AMALUZ
N°43 – Agosto 1996