24/09/2008

CARA ou COROA
Cristina Fam
Então sonhou: estava disposta a segui-lo a escada descida, vestida em trapos envelhecidos, serviu o porco na bandeja igual dia de festa, pensou na vantagem; quem morre de véspera é peru. A ceia foi encomendada, o banquete ornamentado já servido em outros tempos, criatividade conhecida, só falta a ultima (banqueta da), o bornal pendurado no pescoço.

Ainda que tardia; aceitar a monarquia hereditária sem opção de “retalho” é como olhar a colcha velha deitado na esteira mirar a resta do sol por uma pequena brecha na telha, não se separa; nada mais aportou na velha casa, incinerar a boneca e a carroça dar o funeral pachorrento.
Mudanças tão sonhadas pronunciadas, afixadas nas portas vistas, mas, o ladrão veio, roubou o sonho, sem avisar da hora, sem saber surpreendeu aquele que não vigiou, caso contrário teria fechado a porta. Nuncumpação é indicação, nas vésperas será levantada do tumulo para cumprir a profecia seguida pela queda, retorna para nunca mais sair, desatino, chora. Presente para as fofoqueiras de plantão, conhecer a onda, tempestade que nada, é ventinho.

Embora sem nenhuma especialidade e longe de serem numismáticos, os “alo prados” compradores de votos com moedinhas para ensinar os analfabetos o número na hora. Depositar moeda na urna. Tai a mais nova onda de compra de voto. Mas, tem habitante mais esperto, virou piada, valor é irrisório. Repassa para as crianças comprar o bombom, é trocado para menino, pipoca, nego-bom, big-big, din-din, etc. Pasmem! É a moeda em circulação, se, analisar bem o caso é preocupante. Meio de troca sem aceitação, nem sempre a quantidade insuficiente pode dar bom resultado, imaginar a infeliz idéia. A moeda tem outra face, é só virar e ver a verdade. Quem com ferro ferem com moeda será perdido e ferido, dólar furado faroeste em tempo moderno.

Sentada em sua cadeira, resmungando o trotar da carruagem, “enorrada”, contrariada com a escolha, não foi sua indicação, mas, certo de tudo isso é divulgação substituta, não é mais segredo. É bufarinheiro, peça batido, mercado das pulgas. Compreender é melhor não entender artimanha, solução é colocar pincel em rabo de burro melar de tinta e passar na parede, eis uma verdadeira obra de arte abstrata.

Continua muito simples, sem alicerce para edificar a casa; cada louco com seu tijolo é cesta de adobe tem que abaixar e fazer ponto, afinal uma prole para alimentar. Nova modalidade esportiva, quem acertar leva troféu, jogada de amador, colocar tijolo na cesta e tirar coelho da cartola, é pura magia, encanto quebrado, jogou a idéia de jerico, rebateu com a raquete (língua) tudo lindo, felicidade, mechada.
Tempestade de loucuras, altura do campeonato é técnico pirado, mas, pior que nada. Moeda de volta pro cofrinho. O sino toca a hora é chegada; coma quente ou frio morno vomita.
A tristeza abanou nas ventas, derrubou ombros, língua morta, choro calado, tudo no castelo da esmeralda. Talvez tenhamos a segunda! Quem entender já sabe, morre.