NATAL
Espedito LimaLuzes acendem e brilham a noite; pisca-pisca em ação
É dezembro, com décimo ou sem ele, ele causa emoção
É gente pra todo lado, em vendinha ou lojão, com sacola ou sacolão
Compra rico compra pobre, todos querem um festão
O presente não importa nem de primo nem de irmão
Até galo entra em cena querendo festejar
Da rua ao altar o negócio é tapear
Vale tudo, tudo vale, vamos todos enrolar
Não conheça, não procure, o bom é gandaiá
A cachaça rola solta, o vinho e o peru
É ceia e secretagem, com amigo e inimigo
Na família se confraterniza, como o vale e o abismo
Ente querido é venal, mas o encontro é real
Tudo vela quanto vale, este é o preço do natal
São tantos os motivos, quando ele chega ao fim
Depois da primavera, ele chega ao verão
Tanto antes quanto depois, a palavra é promoção
A ressaca é confusão e com muito uso de palavrão
É pai sem esposa e filhos sem sua mãe
É disfarce de quem sabe, mas joga na contramão
É Noel filho do pai e presépio em armação
A alegria é passageira e logo chega a frustração
Da igreja ao coreto, tem bandinha e quermesse
Pastoril do encarnando, é azul pra todo lado
É fanfarra, tem licor, cerveja e champanhe
Tem algazarra com novena, galanteio e muito amor
Que mistura, que loucura, é o prêmio do horror
É natal! O que é isto? É verdade, sim, senhor!
É o pranto que não molha e a água que não lava
É respeito do nascer, é a glória magical
Nada disso tem a ver, com o mandato Celestial
Nem canto nem solidão, nem fome e nem miséria
Onde se planta agrião, não se colhe melão e nem mamão
Os que aceitam a inverdade vão parar no infernão
Tudo isso é bravata, descaso e afronta de religião
Cai fora meu amigo, sai dessa grande rebelião
É dezembro, com décimo ou sem ele, ele causa emoção
É gente pra todo lado, em vendinha ou lojão, com sacola ou sacolão
Compra rico compra pobre, todos querem um festão
O presente não importa nem de primo nem de irmão
Até galo entra em cena querendo festejar
Da rua ao altar o negócio é tapear
Vale tudo, tudo vale, vamos todos enrolar
Não conheça, não procure, o bom é gandaiá
A cachaça rola solta, o vinho e o peru
É ceia e secretagem, com amigo e inimigo
Na família se confraterniza, como o vale e o abismo
Ente querido é venal, mas o encontro é real
Tudo vela quanto vale, este é o preço do natal
São tantos os motivos, quando ele chega ao fim
Depois da primavera, ele chega ao verão
Tanto antes quanto depois, a palavra é promoção
A ressaca é confusão e com muito uso de palavrão
É pai sem esposa e filhos sem sua mãe
É disfarce de quem sabe, mas joga na contramão
É Noel filho do pai e presépio em armação
A alegria é passageira e logo chega a frustração
Da igreja ao coreto, tem bandinha e quermesse
Pastoril do encarnando, é azul pra todo lado
É fanfarra, tem licor, cerveja e champanhe
Tem algazarra com novena, galanteio e muito amor
Que mistura, que loucura, é o prêmio do horror
É natal! O que é isto? É verdade, sim, senhor!
É o pranto que não molha e a água que não lava
É respeito do nascer, é a glória magical
Nada disso tem a ver, com o mandato Celestial
Nem canto nem solidão, nem fome e nem miséria
Onde se planta agrião, não se colhe melão e nem mamão
Os que aceitam a inverdade vão parar no infernão
Tudo isso é bravata, descaso e afronta de religião
Cai fora meu amigo, sai dessa grande rebelião