A LUA
Espedito Lima
Ela surge! Fria! Por fora; mas por dentro é quente
Tem tamanho, cor, comprimento e largura
Nasce cedo, anda e dorme tarde, pela manhã
Encanta, vislumbra, ama, chora e rir
É ingênua, fala, canta e anuncia o luzir
Deita, adormece, mas acorda sem cochilo
Engana a si mesma e nina seu calar
Busca a solidão e enfurece o coração
É bravia no querer, na angústia e na paixão
Veste-se de prazer no pulsar da emoção
Vela o cansar que domina a aurora
Anda pela relva que alimenta sua sombra
Segue a passos rasos que sobrevoa o seu mar
Sobre as águas que balançam entre ondas a bailar
És dançarina que ventila o calor do seu olhar
Cobiça o álibi do escultural parceiro
Que fortifica o âmago do seu ir
Em busca de acalentar sua razão
E eclodir o riso de sua paz
Que levanta a batalha duma conquista
E esvazia o monte do rígido alquimista
Congela a brisa que sai da noite e iça o leme que lhe aquece
Unta o hino que lhe ecoa e galanteia a beleza do seu ser
Corre como a gazela estonteada a procura de seu ninho
Varre o muro que segura seu ego e jorra a luz que vigia o céu
Voa alto, se esconde no dia, encontra o parceiro que anda à procura
Sente-se feliz, o agasalha e o beija de vez por ser sua cura
La vai ela sempre a iluminar, formosa e com um belo olhar
Rápida, sutil, corajosa e sempre ágil para atacar
Demonstra que segue em frente, esquiando no patamar
Ouve o choro do vento forte que levanta a poeira no ar
Encomenda a burguesia da coroa que vem lhe encontrar
Para ela é a virtude que lhe propicia o franco poder de reinar
Ó lua! Que bem suspira, mas ofega no paladar
Nas idas, lembranças e voltas, faz verso para falar
Filosofa sobre seu rastro que figura o seu folgar
Denuncia o seu cúmplice por ele não lhe afagar
Sente ciúme do seu querer e oculta o poema que vai chegar
Recordando o velho tempo que sempre teve pra lhe abraçar.
Tem tamanho, cor, comprimento e largura
Nasce cedo, anda e dorme tarde, pela manhã
Encanta, vislumbra, ama, chora e rir
É ingênua, fala, canta e anuncia o luzir
Deita, adormece, mas acorda sem cochilo
Engana a si mesma e nina seu calar
Busca a solidão e enfurece o coração
É bravia no querer, na angústia e na paixão
Veste-se de prazer no pulsar da emoção
Vela o cansar que domina a aurora
Anda pela relva que alimenta sua sombra
Segue a passos rasos que sobrevoa o seu mar
Sobre as águas que balançam entre ondas a bailar
És dançarina que ventila o calor do seu olhar
Cobiça o álibi do escultural parceiro
Que fortifica o âmago do seu ir
Em busca de acalentar sua razão
E eclodir o riso de sua paz
Que levanta a batalha duma conquista
E esvazia o monte do rígido alquimista
Congela a brisa que sai da noite e iça o leme que lhe aquece
Unta o hino que lhe ecoa e galanteia a beleza do seu ser
Corre como a gazela estonteada a procura de seu ninho
Varre o muro que segura seu ego e jorra a luz que vigia o céu
Voa alto, se esconde no dia, encontra o parceiro que anda à procura
Sente-se feliz, o agasalha e o beija de vez por ser sua cura
La vai ela sempre a iluminar, formosa e com um belo olhar
Rápida, sutil, corajosa e sempre ágil para atacar
Demonstra que segue em frente, esquiando no patamar
Ouve o choro do vento forte que levanta a poeira no ar
Encomenda a burguesia da coroa que vem lhe encontrar
Para ela é a virtude que lhe propicia o franco poder de reinar
Ó lua! Que bem suspira, mas ofega no paladar
Nas idas, lembranças e voltas, faz verso para falar
Filosofa sobre seu rastro que figura o seu folgar
Denuncia o seu cúmplice por ele não lhe afagar
Sente ciúme do seu querer e oculta o poema que vai chegar
Recordando o velho tempo que sempre teve pra lhe abraçar.