09/04/2009

É DIFÍCIL INFORMAR

Espedito Lima

A informação é por de mais essencial à vida do ser humano em todos os seus aspectos; sem ela, como ficaria a existência da comunicação? Sem ela, como existiria o relacionamento entre os povos e como estes se entenderiam? Sem ela, de que forma se anunciaria a notícia e como esta chegaria ao conhecimento da população? Informar é passar para uns e outros, acontecimentos conhecidos e desconhecidos; tristes ou alegres, o que foi ou deixou de ser feito; denunciar, criticar ou aplaudir, opinar ou omitir; mostrar ou ocultar a mentira ou a verdade; vender ou comprar.

Não é fácil, porém, a sua aceitação, principalmente quando se atinge alguém, grupos ou instituições e que contraria os seus interesses, sejam eles quais forem, escusos ou inclusos. Mas, é sabido que mesmo assim, ainda existem pessoas, seletas involuntariamente, que a apóia, a aplaude, a aceita e a tem como um instrumento real do conhecimento.

Quando se trata do seu uso através dos meios que estão à disposição da mídia, ela torna-se, em muitos casos, motivo de inveja, competição ilegal e imoral, disputa graciosa e até de rancor, o que é profundamente lamentável. Ela deve está acima de qualquer suspeita ou interesse, a não ser o de se mostrar a verdade dos fatos. Todavia, não é difícil entender o porquê da sua rejeição, embora muitos não desejem vê-la usada, a não ser quando ela se transforma num legado de elogios, mesmo que desnecessários e hipocritamente.

Todos precisam ouvir, precisam saber e ela, a informação, não deveria nem deve ser uma escrava do abuso daqueles que a distorcem, nem objeto para os anseios daqueles que suplantam o direito de outrem, muito menos o exemplo dos que castram e procrastinam a liberdade do ser esclarecido, educado e formado.

Mas, ao que parece, o povo não é informado e nem que ser; e aqueles que têm o dever de informar, não o fazem. Todavia, os que pensam e agem contrariamente, isto é, os que prezam pela informação e de qualidade, na maioria dos casos, são impedidos, retaliados e discriminados, por tal comportamento.

Doravante, ela seja urgentemente aproveitada para o bem de todos e dela possa nascer o fruto da inclusão da civilidade na sociedade, num estado democrático sem nódoa e sem preconceito ou discriminação a nada nem a ninguém, além de uma liberdade responsável, sem censura, dignificante e honrada entre patrões ou empregados, condutores ou conduzidos, apresentadores ou apresentados, aqui ou acolá, em qualquer lugar.

INFORMAÇÃO É PRECISO E INFORMAR É UM DEVER. A PLENA DEMOCRACIA A EXIGE.