01/04/2009

JÂNIO, DA VASSOURA AO TESOURO NA SUIÇA

Fonte: bahianoticias
Jânio da Silva Quadros teve uma carreira política meteórica. De vereador em São Paulo chegou rapidamente ao governo do Estado. Com discursos histriônicos, moralistas (proibiu biquínis nas praias do País e brigas de galo), e com uma vassoura na mão, como símbolo das donas de casa para varrer o País da corrupção, chegou à Presidência da República, pela antiga UDN.

Assim como chegou, deixou o cargo por renúncia, imaginando um golpe de estado. Fez um governo polêmico. Da direita à esquerda, ao condecorar com a Ordem do Mérito Cruzeiro do Sul, o guerrilheiro Che Guevara, um dos personagens tidos como heróis no século XX. Jânio viajava em navio cargueiro. Tinha uma vida moderada, retraída, uma família desajustada.

Retornou à política derrotando Fernando Henrique Cardoso para a prefeitura de São Paulo. Morreu em 1992. Agora, está na mídia, que Jânio, como a sua vassoura, teria "varrido" uma fortuna para bancos suíços. Seus herdeiros, com advogados e investigadores, procuram o ouro de Jânio, o marido de Elóa, a quem traia e não escondia. Ou seja: o político que propagou a limpeza no serviço público poderia ser um sujo, com dinheiro suspeito nos bancos suíços. Desconfiado, teria mudado de banco. Agora, ninguém sabe se há, se não há, e se houver onde estaria o tesouro de Jânio.
(Samuel Celestino)