Prefeita debocha população que passa fome e sede ao comprar carro de R$ 130 mil
Fonte: bobcharles / Luiz Brito DRT/BA 3.913
Do ponto de vista do marketing, foi uma boa
sacada a ideia da prefeita de Jeremoabo, Anabel de Tista de expor 16
novos veículos em plena praça pública no município de Jeremoabo. Agora,
em termos de ação para reduzir os impactos provocados pela seca, a prefeita
deveriam gastar as energias para debater os problemas que tanto afligem a
população Jeremoabense, que são muitos. Texto publicado pelo advogado Antonio
Fernando Dantas Montalvão, o Nando, para os jeremoabenses, revela que
"enquanto o povo vive na miséria e sobrevive apenas com as aposentadorias
rurais e o Programa de Combate a Fome do Governo Federal, por deboche, a
Prefeita comprou para o deleite de seu gabinete um veículo Amarok cabine dupla
cujo custo não deverá ter sido inferior a R$ 130.000,00 e mais outros 16
veículos expostos na via pública a incrementar ainda mais o trambique com peças
de reparação e desvio de combustível e por certo, nos próximos 12 meses a frota
já estará totalmente sucateada a exigir novas compras. A coisa não cheira bem e
o futuro nos dirá". Recentemente cumprido ordem judicial,a prefeita Anabel
mandou retirar todos os barracos e quiosques das proximidades do terminal
rodoviário e do centro comercial, além dos mototaxistas que estavam alojados
nas vias publicas. A ação, embora impopular, resolveu parcialmente o problema
da poluição visual e sonora na velha e espoliada Jeremoabo, como apregoa o
advogado Montalvão. Porém, a prefeitura não avaliou as causas e efeitos que a
ação provocaria aos que foram sumariamente expulsos e não ofereceu nenhuma
alternativa aos agora sem teto.
Semana passada em um dos programas da Rádio
Vaza Barris, seus apresentadores desencadearam uma campanha para arrecadar
alimentos para saciar a fome de um desses excluídos pela
prefeitura. A pálida Câmara de vereadores de Jeremoabo, por sua vez,
deveria abdicar da concessão de titulos de cidadania e
colocação de quebra molas nas ruas da cidade, para discutir ações que
resolvam os problema da comunidade. Talvez a partir dai as sessões
ordinárias despertassem interesse da população. O que se ver
atualmente é o plenário quase vazio, caracterizando talvez um protesto
proposital da comunidade contra o eterno silencio dos seus representantes
diante das ações de truculência do Poder Executivo Municipal. Fonte:
bobcharles / Luiz Brito DRT/BA 3.913