Em vídeo,deputado federal ensina a comprar votos e a difamar adversários
Fonte: zerohora
Crédito: Divulgação
Uma reportagem do Fantástico, da TV Globo,
mostrou na noite deste domingo um vídeo em que o deputado Aelton Freitas (PR-MG) dá uma aula sobre como disputar uma eleição. O parlamentar explica
como comprar votos e difamar os
adversários na disputa.
Antes de ser eleito deputado,
Freitas foi senador — substituiu José Alencar, que deixou o Senado para assumir a
vice-presidência da República, em 2003, informou a reportagem.
O vídeo, em que o deputado
aparece em um restaurante em Capetinga, no
interior de Minas Gerais, foi gravado em setembro do ano passado, às vésperas
das eleições municipais.
Para comprar voto, Freitas sugere
a "técnica do cartãozinho", em que cartões com valor de R$ 100 cada
seriam distribuídos. O valor seria pago só se o candidato fosse eleito.
Outra lição é sobre boatos
contra adversários, para o qual Freitas sugere criar um "esquadrão da
fofoca", que circularia em locais públicos para falar mal do concorrente.
Por fim, o deputado mineiro
orienta os aprendizes a usar a verba das emendas parlamentares para beneficiar
os municípios onde obteve mais votos.
Procurado pelo Fantástico, o
deputado disse que deu as declarações em uma "reunião fechada entre
companheiros", onde "de repente a gente fala muita coisa que não
deve, que não pode". Ele também informou que não sabia que o papo estava
sendo gravado.
Freitas negou que tenha ensinado
a comprar votos na eleição municipal de Capetinga e afirma que jamais pagou
para que votassem nele, concluindo que a gravação não passou de uma
"brincadeira".
Uma cópia do vídeo, informou a reportagem, foi entregue anonimamente ao Ministério Público em Minas, que enviou o material para a Procuradoria Geral da República. A Câmara, que está em recesso, não se manifestou sobre o caso.
Uma cópia do vídeo, informou a reportagem, foi entregue anonimamente ao Ministério Público em Minas, que enviou o material para a Procuradoria Geral da República. A Câmara, que está em recesso, não se manifestou sobre o caso.
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