Primo de Bruno: corpo de Eliza está perto do
Confins
Fonte: brasil247.com
Minas 247 – O jovem de 21 anos
Jorge Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de
prisão pela morte da sua ex-amante Eliza Samudio, afirmou que o corpo da mulher
foi enterrado próximo ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte. O homicídio ocorreu em 2010 e o cadáver
nunca foi encontrado. Sales foi considerado culpado pelo desaparecimento do
corpo de Eliza. Como era menor de idade, ele cumpriu apenas medida
socioeducativa e foi solto em setembro de 2012. A Polícia Civil de Minas
solicitará cópias das declarações.
O ex-réu confessou que ajudou a fazer a cova para
enterrar o corpo. "Ela foi assassinada e enrolada em um lençol e colocada
dentro de um saco plástico preto e enterrada em um buraco bem fundo escavado
com trator em uma chácarazinha perto do aeroporto de Belo Horizonte",
revelou Sales, em referência ao aeroporto de Confins, durante entrevista à
Rádio Tupi (RJ). "Eu sei chegar ao local. Eu sei ir certo porque observo
bastante", admitiu.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o
delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), disse que solicitará à Rádio Tupi o envio da
entrevista. O setor informou que o jovem poderá ser convocado a prestar
esclarecimentos à polícia mineira. As buscas no local próximo ao aeroporto,
indicado por Sales, também poderão ser determinadas pelo delegado.
Sales disse que revelou o fato só agora, porque o
crime "mexia muito" com sua cabeça. De acordo com o jovem, o lugar
exato onde o corpo se encontrado tem como referência um coqueiro. "Tem um
pé de coqueiro, só tem esse coqueiro lá dentro. É um pé de coqueiro grande.
Mesmo se não tiver esse pé, eu sei onde está", observou. "Assim que
você entra nesse sitiozinho, [a cova] é no meio desse terreno",
complementou.
Sales confessa contradições em depoimento
A polícia havia acusado Sales de ter presenciado
a morte de Eliza Samudio no imóvel do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos,
conhecido como Bola, apontado como o homem que matou a mulher de Bruno. A casa
fica em Vespasiano, na Grande de Belo Horizonte. O primo do goleiro afirmou,
também, que não tentou impedir a execução do crime, porque estava com medo de
ser morto por Bola.
Em depoimento, o jovem de 21 anos tentou isentar
o Bruno de ter envolvimento no crime. Durante a etapa de investigação e
julgamento, as versões acerca do homicídio e atribuiu isso ao seu advogado de
defesa. "Foi muita pressão em cima de mim. Ele [o advogado] pedia para
fazer essas coisas. Fui criando uma história em cima da outra", confessou.