Bebê considerado morto se mexeu e abriu os olhos
durante velório na Bahia
Delegacia
da cidade já ouviu familiares e deve colher depoimentos de enfermeiros e
médicos para aprofundar investigações
Fonte: ozildoalves / Informação Redação Correio
Pai alega que filha se mexeu durante velório
(Foto: Radar 58)
Uma família na cidade de Itanhém, a cerca de 760
quilômetros de Salvador acusa um hospital de erro ao considerar um bebê
recém-nascido como morto no último domingo (20). Segundo o pai da menina,
Neilton Barbosa dos Santos, 36 anos, ela deu sinais de vida e se mexeu durante
o velório.
Neilton afirma que ainda levou a criança de volta
para o Hospital Maria Moreira Lisboa, mas ela levou quase uma hora para ser
atendida. Em seguida, o médico constatou o óbito do bebê, que foi enterrado
nesta segunda-feira (21). A esposa de Neilton estava grávida de gêmeas, que
nasceram com sete meses de gestação. Uma das meninas morreu logo após o parto.
"Ligaram pra mim do hospital por volta de
18h30. Eu fui pra lá e só consegui trazer a menina pra casa às 21h30. Estava
todo mundo esperando o corpo pro velório e quando minha mãe estava colocando
uma roupa nela, ela se mexeu", relata o pai, garantindo que pouco mais de
vinte pessoas estavam no local para a ceriônia e perceberam a menina se
movimentando.De acordo com Neilton, além de mexer a cabeça, as pernas e o
braço, o bebê também abriu o olho, suspirou e colocou a língua pra fora da
boca. O pai levou a menina de volta para o hospital ainda dentro do caixão onde
ela foi colocada durante o velório, mas ela não resistiu. O médico ainda alegou
que o corpo da menina foi liberado para a família sem que ele soubesse.
Neilton e outras pessoas presentes no velório já
prestaram depoimento na delegacia de Itanhém. De acordo com o delegado da 8ª
Coordenadoria de Polícia do Interior (8ª Coorpin/Teixeira de Freitas), Cléber
Eduardo Gonçalves, a delegacia da cidade vai ouvir enfermeiros e médicos
envolvidos para aprofundar as investigações.
"A delegacia já ouviu várias pessoas, mas a
gente ainda não sabe exatamente como aconteceu a situação, se a menina estava
realmente morta na hora que o pai pegou ela no hospital. Vamos ouvir mais
pessoas para saber se a polícia vai ou não intervir no caso", afirma o
delegado da Coorpin que cobre a região de Itanhém.
A mãe da criança, Maria das Dores Rodrigues da
Silva, 33 anos, teve alta do Hospital Maria Moreira Lisboa na última
segunda-feira e já está em casa.