Grupo Gay da Bahia vai formalizar denúncia contra Levy Fidélix na Justiça
Fonte: varelanoticias
Foto: Divulgação
O professor Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e um
dos mais antigos militantes do movimento LGBT no Brasil, ficou indignado com as
declarações do candidato à Presidência da República, Levy Fidélix (PRTB). No
Facebook, ele confirmou que o GGB está redigindo uma representação uma denúncia
junto ao Ministério Público contra o político.
“Homofobia é crime e a instigação ao ódio contra
10% dos brasileiros homossexuais ameaça gravemente a comunidade LGBT”, disparou
o professor no Facebook. “Vou enviar uma carta ao Tribunal Superior Eleitoral e
ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, para tentar enquadrá-lo no crime de
incitação ao ódio contra as minorias sexuais”.
Mott também criticou a postura de Luciana Genro
(PSOL) após ouvir as ofensas de Fidélix. “A nova musa das gay, Luciana Genro,
tão hábil em dar patada em Marina e Aécio, perdeu oportunidade fantástica de demonstrar
o horror da homofobia cultural. Estava com o script pronto…”, alfinetou.
Entenda o caso
No debate da Rede Record, Luciana Genro
questionou Fidélix sobre o motivo de candidatos conservadores se recusarem a
reconhecer as uniões homoafetivas. Na resposta, ele disse que o crescimento dos
casamentos gays pode reduzir o tamanho da população brasileira e sugeriu que
homossexuais precisam de “ajuda psicológica”.
“Você já imaginou que o Brasil tem 200 milhões de
habitantes. Se começarmos a estimular isso aí [casamentos entre homossexuais]
daqui a pouquinho vai reduzir pra 100. [...] Então, gente, vamos ter coragem,
nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria [gays]. Vamos enfrentar, não
ter medo de dizer que sou pai, mamãe, vovô. E o mais importante é que esses,
que têm esses problemas, realmente sejam atendidos no plano psicológico e
afetivo mas bem longe da gente, bem longe mesmo por aqui não dá”, disse Levy
Fidelix.