As obras de asfaltamento da rodovia federal que liga
Carira a Jeremoabo estão paralisadas, desde o dia 17 de outubro de 2014.
Após 60 anos de espera e sofrimento da população da região, indivíduo
desconhecido, dizendo ser representante de sindicato descon
Fonte: canudosacontece / Informação: Mural do Sertão
Segundo José Raimundo Varjão Neto, que trabalha na
área de borracharia e mecânica dos veículos, a atitude do suposto representante
sindical foi abusiva e desarrazoada. Raimundo disse que são injustos os motivos
da paralisação, que desconhece o sindicato e do mesmo modo desconhece o dito
representante sindical, e asseverou que não é filiado ao referido sindicato.
Para o funcionário José Nunes Dias, que está a
serviço do consórcio na construção de cercas, não há motivos justo para
paralisação das obras, pois, não é verdadeira a alegação de que as refeições
servidas aos funcionários não seriam de boa qualidade. E acrescentou Nuninho:
Nem em minha casa as refeições são tão boas quanto as que são servidas na obra.
O funcionário Genival Teotônio da Silva, revoltado,
disse desconhecer a autoridade do sindicalista que invadiu o canteiro de obras
e determinou a paralisação das atividades. Acrescentou que não é sindicalizado
e que ficou sabendo que alguns colegas, também não filiado e sindicalizado,
foram enganados e induzidos a decidir pela paralisação das atividades.
Já o funcionário Jeferson de Almeida Varjão, desta
região, também em tom de revolta, disse que um grupo de funcionários da cidade
de Senhor do Bonfim, na Bahia, ao pregar movimento sindical está
desestabilizando as atividades de construção da BR-235 e prejudicando os
trabalhadores.
O certo é que os prejuízos decorrentes da
paralisação das atividades são imensos. Pelo que se colheu no trecho de
construção da referida rodovia, a paralisação não interessa aos funcionários do
consórcio, por terem seus salários reduzidos. Não interessa, também, às
empresas do consórcio contratado para construção da rodovia, pois, a cada dia
de paralisação, suportam um prejuízo mínimo de 300 mil reais, alem de atropelar
o prazo de entrega da obra.
Relatos colhidos de membros da sociedade,
diretamente interessada na conclusão da ocra, repudiam, do mesmo modo, a
conduta arbitraria e abusiva de um sindicato que, sequer, é reconhecido pelos
empregados que servem na obra.
José Luis Dias, estudioso da atividade sindical,
adverte que os trabalhadores na obra da BR-235, à evidência, estão sendo
vitimados da ganância e profissionalização de sindicalistas que vivem no
anonimato, indivíduos que se aproveitam deste movimento para se promover e
sobreviver ás custas do suor de trabalhadores pobres, desconhecedores da
legislação sindical.
Adverte, em sua fala, ser necessário verificar a
legitimidade da intervenção sindical neste e noutras obras, inclusive, se não
está havendo chantagem e coação na conduta do dito sindicato contra os
trabalhadores. E terminou advertindo: Servir a Deus e ao Diabo é algo muito
condenável. Sei de sindicatos em que, de público, defendiam direitos dos
trabalhadores, porém, às caladas, buscavam mesmo eram benesses junto aos
empregadores, ficando revelado que condutas assim são fatores de pressão e
barganha para colheita de favores.
Autor: Mural do Sertão
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