Vaticano oficializa excomunhão de padre brasileiro que defendia casamento gay
Fonte: bahianotocias
Foto: Cesar Evaristo/G1
O
Vaticano oficializou neste sábado (15) a excomunhão do padre Roberto Francisco
Daniel, como padre Beto, que foi denunciado pela Diocese de Bauru (SP) por
falar se assuntos polêmicos como a defesa da união entre pessoas do mesmo sexo
e infidelidade no casamento.
Segundo o
comunicado emitido pela instituição, assinado pelo padre Tiago Wenceslau, a
decisão é definitiva e somente poderá ser revista caso Beto peça perdão por
suas ações, consideradas heresias pelo direito canônico. “A causa da excomunhão
não foi uma punição irrogada pelo Bispo ou pelo Papa, mas em virtude dos seus
atos cismáticos e heréticos que, pela prática dos mesmos, o Sacerdote foi
atingido – automaticamente – pela censura de excomunhão”, diz o documento.
A partir
de então, o padre não poderá realizar sacramentos da Igreja. O comunicado
informa que a Diocese não irá se manifestar sobre o caso, mas pede aos fiéis
que não “participem de possíveis ‘atos de culto’ que forem celebrados pelo
referido padre’.
Ao ser
informado sobre a decisão, Daniel disse que a oficialização não altera “em
nada” a realidade que vive desde que deixou a Igreja, em abril de 2013. “Recebi
com muita naturalidade essa decisão. Era de se esperar depois da reunião do
Papa Francisco com os bispos para discutir a questão da família, que a Santa Sé
confirmasse a minha excomunhão dada pela Diocese de Bauru.
Mas, para mim não muda nada, porque continuo
seguindo a minha vida, seguindo os preceitos de Jesus, me sinto próximo de
Deus”, afirma.