Instabilidade política deste ano não
dará folga a Dilma em 2016
Ano de 2015 foi marcado
por choque do Estado contra interesses oligárquicos
Fonte: O Globo / POR JOSÉ CASADO
RIO — Dilma Rousseff vai atravessar o
primeiro trimestre de 2016 em busca de algo que não conseguiu durante todo o
ano de 2015: estabilidade. Ela termina o primeiro ano da reeleição como a
governante mais rejeitada pelo eleitorado nos últimos 29 anos, ou seja, desde a
redemocratização do país há 29 anos. Sua taxa de desaprovação é recorde (83%),
confirmou o Ibope na primeira quinzena de dezembro (veja o gráfico abaixo).
Muito além, por exemplo, das avaliações mais negativas registradas pelo governo
José Sarney (1986-1990), que deixou o poder com uma inflação mensal de 83%.
Dilma já foi alvo de 39 pedidos de impeachment em
245 dias úteis, entre a posse em janeiro e a última sexta-feira. Significa que,
nesse período, a Câmara dos Deputados recebeu um pedido para retirar a
presidente do poder a cada seis dias de funcionamento. Três foram aceitos,
anexados e transformados num único processo, que está em andamento. POR JOSÉ CASADO – O Globo