Barroso omite trecho do Regimento Interno em voto contra eleição secreta
Fonte:http://veja.abril.com.br/
O vídeo abaixo mostra o momento em que o ministro Luís Roberto Barroso recorre ao regimento interno da Câmara dos Deputados durante a sessão plenária do STF sobre o rito de impeachment para tentar comprovar sua tese de que o texto não prevê votação secreta para a comissão especial da Casa que analisa e emite parecer sobre o pedido.
Só tem um detalhe: como este blog solitariamente havia mostrado e destacado no dia 8, o texto prevê, sim, senhor!
E o que Barroso faz? Interrompe a leitura no momento imediatamente anterior ao trecho que legitima a votação secreta para “as demais eleições”, ou seja: para todas as eleições realizadas na Casa.
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Assista ao vídeo do Portal Vox. Volto em seguida para detalhar o golpe, também embutido em seu voto por escrito.
Lindo, não? Não!
A entonação de Barroso evidencia que ele próprio estava consciente de que a frase do inciso III continuava, mas, ao ver o trecho que desmontaria sua tese, ele preferiu interrompê-la para omiti-lo.
Em seguida, caprichou no cinismo sobre o regimento e, no auge da vigarice, atacou Eduardo Cunha pela suposta manobra:
“Eu não vislumbro esta exceção como sendo uma exceção de voto secreto. E considero, portanto, que o voto secreto foi instituído por uma deliberação unipessoal e discricionária do presidente da Câmara no meio do jogo!”
Quem estudou o significado dos gestos ou viu a série americana “Lie to me”, que o explora, ainda fica com a impressão de que a mão espalmada de Barroso na vertical reflete justamente um pedido interno para parar: tanto para ele mesmo parar a leitura, como para o atrapalhado Teori Zavascki parar de ler o artigo antes que o desmascarasse. Repare:
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/voto-de-barroso-e-uma-fraude-ministro-omitiu-trecho-do-regimento-e-distorceu-caso-collor/