Cidadania e Liderança
Cristina Fam
 “O HOMEM É, POR NATUREZA, UM ANIMAL FEITO PARA VIVER EM POLIS”, escreveu Aristóteles há mais de dois mil anos. Os humanos são seres sociais e políticos. Podemos aplicar a observação de Aristóteles acerca da polis, ou a cidade-estado grega, não somente ao nosso conceito moderno de cidade, estado e país, mas também a inúmeras associações. Somos todos membros de grupos. Associamo-nos a clubes, igrejas, e a partidos políticos, para nos aprimorarmos e melhorarmos as condições das outras pessoas.
 “O HOMEM É, POR NATUREZA, UM ANIMAL FEITO PARA VIVER EM POLIS”, escreveu Aristóteles há mais de dois mil anos. Os humanos são seres sociais e políticos. Podemos aplicar a observação de Aristóteles acerca da polis, ou a cidade-estado grega, não somente ao nosso conceito moderno de cidade, estado e país, mas também a inúmeras associações. Somos todos membros de grupos. Associamo-nos a clubes, igrejas, e a partidos políticos, para nos aprimorarmos e melhorarmos as condições das outras pessoas.O sucesso de qualquer organização depende do caráter de seus cidadãos. Bons cidadãos são aqueles que conhecem suas obrigações e as cumprem através do exercício de virtudes tais como a responsabilidade, a lealdade, a autodisciplina, o trabalho e a amizade. Encontramos pessoas trabalhando juntas em prol de objetivos comuns. Vemos essas pessoas mantendo suas promessas e aceitando a responsabilidade por seus próprios erros. Deparamo-nos com algumas que se juntam prontamente aos seus camaradas – bem como outras que não. E conhecemos pessoas dispostas a sacrificar os próprios interesses, até mesmo a própria vida, pelo bem dos demais.
Em certos momentos de nossas vidas, muitos de nós somos chamados a assumir uma posição de liderança: chefe de uma equipe, representante de uma comunidade, etc. é bom lembrar as virtudes necessárias para ocupar essas posições, virtudes como a compaixão, a coragem, a perseverança, a sabedoria e, por vezes, a fé. Antes de serem líderes, aprendem a ser bons seguidores – sabem como ajudar a suportar um fardo e compartilhar provações.
Finalmente, a gratidão. Se não somos gratos por nossos dons e oportunidades, provavelmente não lhes daremos valor, e se não lhes damos valor provavelmente não nos esforçamos para preservá-los e aprimorá-los. A gratidão é um importante atributo da boa cidadania. A boa cidadania e a boa liderança costumam exigir certo grau de prestimosidade. Quem está sempre reclamando, por outro lado, não apenas deixa de contribuir como também costuma ser uma ameaça de malograr o progresso.
Lamentos, queixas e reclamações não são simplesmente repulsivas; são sintomas de egoísmo. E uma sobrepujante preocupação consigo próprio não é do que trata a cidadania. Dentre bons cidadãos, disse-nos Aristóteles, “a salvação da comunidade é o assunto comum a todos”.
