22/09/2017

Governo fará enquete sobre o fim do horário de verão

Fonte: Agência Brasil
Divulgação
A continuidade da aplicação do horário de verão será uma decisão da Presidência da República. Após a conclusão de estudos que mostram que o horário de verão não proporciona economia de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores.
Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou dar um posicionamento prévio. Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro.
“Tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vêm sendo observadas nos últimos anos, os resultados dos estudos convergiram para a constatação de que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema”, informou o MME.
“Desta forma, o MME encaminhará o assunto à Casa Civil para avaliação da pertinência da manutenção do horário brasileiro de verão como política pública nos próximos anos, considerando a influência nos demais setores da sociedade”, acrescentou o ministério.

13/09/2017

PASTOR COMPARA NOSSA SENHORA A GARRAFA DE COCA-COLA E REVOLTA CATÓLICOS 

Fonte: Ricardo Feltrin noticias.bol.uol.com.br/
Credito: Divulgação
O pastor auto-intitulado apóstolo Agenor Duque, da Igreja Plenitude do Trono de Deus, se meteu numa grande polêmica que pode ter inclusive consequências judiciais.

Um vídeo com uma pregação que ele fez na sede da igreja, na av. Celso Garcia, em São Paulo, viralizou da pior forma possível.

No vídeo, Duque usa uma garrafa de Coca-Cola para zombar da devoção à imagem de Nossa Senhora. A cena foi exibida no canal da emissora, disponível por antena ou nas TVs por assinatura.

Embora sem citar nominalmente a Santa, o pastor deixa claro que está falando dela. É escura como essa garrafa, o manto dela se parece com um rótulo, compara.

"A boca dela não fala. O ouvido dela não ouve. Você que está com câncer, tire ela do pedestal. Talvez tenha um altar aí", afirma o líder da Plenitude.

Com a garrafa na mão, ele a solta no chão. "Eu a desafio a levantar. Estou falando da Coca-Cola. Mas você sabe do que eu estou falando", provoca o pastor, que recentemente fez uma campanha para que os fiéis doassem R$ 3 milhões para a igreja manter seu espaço na TV e nos rádios.
O pastor também ataca a imagem de São Jorge, outro santo católico. "Tire esse cavalo que está aí, esse homem que está em cima (do cavalo, São Jorge) e aceite a Jesus Cristo Salvador", prega Duque sob aplausos dos fiéis. 
A pregação do pastor provocou revolta generalizada entre líderes católicos do país, que passaram a reproduzir o vídeo e a responder a Agenor Duque. Com reação, o pastor retirou o vídeo original das redes.
Nas últimas três semanas, o departamento Jurídico  da Igreja Plentiude passou também a notificar canais do YouTube e exigir a retirada do vídeo gravado em sua igreja, alegando "direitos autorais".
Mas o vídeo original também desapareceu. "Porque esse ataque e essa blasfêmia à Nossa Senhora", postou em sermão o padre Augusto Bezerra.
"Esse pastor, que eu nem vou citar o nome, pegou uma garrafa de Coca-Cola fazendo insultos. Pra que isso? Porque esse ódio à Virgem", pregou....
O padre Fernando Henrique Guirado também contra-atacou o líder da Plenitude....
"Na minha casa tem, sim, pastor, a imagem da mãe de Deus, enegrecida, cujo título é Nossa Senhora de Aparecida. Não é uma deusa e não se parece com uma garrafa de refrigerante. Se parece com a Arca da Aliança."...
O padre Léo Assis, em outro vídeo, debochou do pastor....
"Ô, Agenor Duque, você tá fazendo aquilo que o pastor da Universal fez. Você tá querendo ganhar ibope."...
E continuou: "(Se Nossa Senhora parece com uma garrafa de Coca-Cola), você parece um botijão. Ô, Agenorzão. Você tá comendo muito. Tá gordo. Tenta salvar sua alma, meu amigo.
OUTRO LADO A coluna tentou ouvir Agenor Duque por telefone, na sede da igreja, e em mensagens diretas enviadas nas redes sociais da igreja Plenitude.
Apesar de ter informado que estava apurando a reportagem e que solicitava a versão do pastor, até o momento da publicação deste texto nem Duque nem seus representantes se manifestaram... 

05/09/2017

Atriz Rogéria morre aos 74 anos no Rio de Janeiro
(Foto: Divulgação)
A atriz Rogéria morreu aos 74 anos nesta segunda-feira (4), pouco depois de ser internada novamente em um hospital do Rio de Janeiro com novo quadro de infecção urinária. Ela teve uma crise convulsiva e foi vítima de choque séptico, segundo informação de O Globo.

O empresário Alexandro Haddad confirmou a morte de Rogéria, mas preferiu não passar mais detalhes no momento. O biógrafo e amigo Mario Paschoal lamentou. “Ela estava aguardando para fazer uma operação nos rins, mas o quadro se agravou. Ela chegou a ter problemas cardíacos. O empresário dela está cuidando de tudo. Engraçado que na primeira vez que ela foi internada, eu me preocupei muito. Dessa vez, estava mais tranquilo e aconteceu isso. Vai fazer muita falta”, disse.

Rogéria foi internada em julho, com fortes dores nas costas que indicaram infecção urinária. Ela chegou a ficar internada na UTI na ocasião, ficando internada por duas semanas.

Trajetória
Rogéria nasceu Astolfo Barroso Pinto no dia 23 de maio de 1943 em Cantagalo, Rio. Tinha 74 anos. Como dizia, metaforicamente, nunca quis se desfazer do Pinto. “Não sou louca de achar que sou mulher”, mas como artista ela foi – e (quase) perfeita, se não fosse o detalhe.

Dizia que já era gay na barriga da mãe e nunca sofreu discriminação. “Minha mãe sempre aceitou como sou e, quando tentavam me discriminar, eu baixava o Astolfo.” Garoto, já brincava de Cleópatra, liderando as legiões romanas formadas pelos meninos, da família e do bairro. “Não transava com nenhum pra me respeitarem. Se alguém quisesse faltar ao respeito, eu baixava o pau. Batia mesmo.”

Começou a carreira artística como maquiadora da TV Rio e, segundo dizia, a convivência com tantos atores, teve algo semelhante a um estádio no Actors Studio, o famoso centro formador de atores de Nova York. Estreou como artista de palco no dia 29 de maio de 1964, no espetáculo Les Girls, na Galeria Alaska, notório reduto de público homossexual. Dirigido por João Roberto Kelly, foi o primeiro espetáculo nacional de transexuais.

Muito jovem, foi para Paris. “Aquele clima seco transformou meu cabelo, que já usava grande. Virou uma juba. Quando veio a cabeleira, liberei a mulher e virei Rogéria.” Na Espanha, não queriam que participasse de shows porque não era operada. Na França, foi cantar com orquestra. “Cheguei e ninguém me deu bola. Achavam que eu devia ser uma brasileira de m… Pensei comigo: ‘Vou ter de me impor’. Soltei a voz cantando em francês. Me aplaudiram no final.”

No Brasil, participou de shows, filmes, novelas. Foi vedete de Carlos Machado (“As pessoas nem sabem mais quem foi ele”) e, em 1979, venceu o Mambembe (importante prêmio criado pelo Ministério da Cultura e que distinguia as melhores produções do eixo Rio-São Paulo), por O Desembestado, peça com Grande Otelo. Enfrentou a ditadura fazendo espetáculos transgressores numa época de muita censura. Sobreviveu a tudo e a todos. “Dores, só de amores, que foram muitos.”

O público classe A sempre a admirou e respeitou, como artista. Fez o crossover. “Fiquei uns dias em São Paulo para lançar o filme (de Leandra). Botava tênis e ia ao supermercado. Das caixas aos funcionários, às donas de casa e aos senhores na fila, todo mundo queria fazer selfie comigo. O povo me ama. Sou vitoriosa.” Nunca foi de fazer passeata por direitos de gays, mas sabia que sem seu pioneirismo, e das demais divas, o movimento LGBT talvez não tivesse avançado tanto no País.

Nunca se esqueceu do que lhe disse a mãe. “Se você vai ser mulher, que seja de classe. Prostituta, não.” Respondeu a uma pergunta indiscreta do Estado – já que nunca operou, xixi sentada ou de pé? “Depende da disposição. Mas se faço de pé, levanto a tampa. Homem é muito porco, mija tudo. E eu seco. Essa história de última gota não é comigo não.”

No teatro, além de vedete de Carlos Machado, participou, em 1976, da peça Alta Rotatividade, na qual contracenava com comediantes como Agildo Ribeiro (com quem dividiu um talk show durante vários anos) e Ary Fontoura.

Em 2007, Rogéria voltou ao palco como um dos destaques de 7, O Musical, dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho. Ela dividiu a cena com Zezé Motta, Eliana Pittman, Alessandra Maestrini, Ida Gomes, entre outros. Participou ainda, em 2004, ao lado da atriz Camille Ka, da peça Divinas Divas, no Teatro Rival, do Rio. A produção inspirou o documentário dirigido por Leandra Leal.

Todas suas histórias foram narradas no livro Rogéria – Uma Mulher e Mais Um Pouco, biografia lançada em outubro de 2016, pela editora Sextante. Foi escrita por Marcio Paschoal, amigo e vizinha de Rogéria no bairro carioca do Leme.