02/06/2008

QUATRO EM UMA
Espedito Lima
Posso falar?
Ninguém de sã consciência nesta nação compreende os motivos, embora se saiba muito e bem o porquê, exatamente o porquê que se fala tanto em democracia e cidadania e que elas não passam de uma irônica teoria. A “prática”, delas, é um verdadeiro ato de nítida e irresponsável propaganda enganosa, e que por isso deveria haver uma severa punição contra aqueles que as propagam, notadamente os políticos nas suas gestões e fora delas e daqueles que compartilham com eles, por exemplo, com comportamentos que tentam exterminar a liberdade de expressão e do direito à informação, desde a esfera nacional à municipal, embora publicitem o contrário.Ambas induzem, da forma como eles as usam, a um caráter de liberdade falsa, além de anular direitos, deveres, obrigações e garantias, jamais usados e assegurados, especialmente àqueles e daqueles que são órfãos e vítimas ao mesmo tempo da negação de todas elas, de maneira violenta e, sobretudo condenável por qualquer dos humanos que queira a essência suprema de vê-las em plena ação, normal e legal.É incoerente, incompatível e inconcebível, como também assim uma afronta, as ações perpetradas e tomadas por pessoas que, de uma forma ou de outra, defendem agentes políticos sob o instinto da emoção, da paixão e do fanatismo para cercearem, sob a força de palavras e até mesmo física, inibindo e ameaçando os cidadãos comuns, os formadores de opinião e a imprensa falada, escrita e televisada, não importa que tais veículos de comunicação sejam profissionais ou amadores, quando querem mostrar os fatos que acontecem no dia-a-dia, de maneira mais transparente possível e são castrados de exercerem tais atividades.Existem, todos sabem, um instrumento acobertado por lei chamado “direito de resposta” e o “direito à própria defesa”. Portanto, aqueles que se sentirem lesados, atacados, caluniados, injuriados e difamados, que ingressem em juízo com as ações pertinentes. Os que se sentirem atingidos por ofensas banais, descabidas e que sejam também vítimas da mentira, de boatos maldosos e similares, que hajam da mesma forma; defendam-se por vias legais. É o direito, e ele deve ser procurado e respeitado; não deve ser negado a ninguém.Agora, indaga-se: o povo deve ou não ser informado do que se passa na cidade, no município, no estado e na nação sobre o comportamento de seus mandatários, o que existe contra ou a favor deles, o que não fizeram e estão deixando de fazer? O que é cidadania, democracia, liberdade de expressão e de imprensa? Temos o direito de informar e sermos informados ou não? A Constituição Federal garante ou não estes direito? Se não, para que existir? Se não, por que foi elaborada e sancionada? Ela é inconstitucional?É sabido que por razões de obscurantismo, os profissionais da imprensa, aqui e acolá, são tratados como anarquistas, incitadores e distorcedores da própria informação e formação, sobre e das pessoas. Existem sim, claro, admitamos, que alguns procedam desta forma; todavia, existem muitos aliás, uma grande maioria, que fazem um trabalho meramente informativo e não se acercam da leviandade de colocar em jornais, televisão, rádios, sítios, portais, ou seja, qual for o instrumento de comunicação, aquilo que não é real e verdadeiro; com zelo, responsabilidade e profissionalismo, mesmo que, repetimos, amadoristicamente.
A questão é que, principalmente no nosso velho interior e Jeremoabo não é um caso à exceção, muitos ainda, não acostumados com a nova realidade dos tempos atuais e de suas evoluções, mesmo que ainda em índice baixíssimo, não concordam mais com o “coronelismo disfarçado e a politicagem do chicote patenteado” que sempre foram uma atrocidade para o desenvolvimento de um povo e o progresso de uma cidade e de um município.Fora os que ainda persistem em barrar o avanço do conhecimento e da vontade de informar e ser informado, de colocar o povo sob o eco do grito e garantia dos seus direitos; fora os que se sentem no direito de reprimir e abusar aqueles que fazem uma imprensa livre e um trabalho jornalístico com ética, imparcialidade, credibilidade e respeito ao leitor, expectador, internauta e ouvinte; fora os que, direta ou indiretamente, ameaçam a investigação, a pesquisa legal para efeito de moralizar a administração pública e agir com transparência, mostrando ao povo e as autoridade, para que inibam e coíbam seus desafetos e suas intenções fraudulentas e corruptas; fora, finalmente, os que espreitam contra a democracia plena, a cidadania perfeita, a liberdade de expressão correta e a liberdade de imprensa legal. As intimidações são uma constante, mas a soberania da liberdade há de permanecer e a vitória da informação há de triunfar, calando de uma vez por todas os ditadores da censura pessoal e inconstitucional.A prática delas: democracia, cidadania, liberdade de expressão e de imprensa, há de soterrar as atitudes daqueles que ainda teimam em extirpá-las do nosso meio; elas suportarão e esmagarão as investidas dos que as ferem e desejam o sepultamento das mesmas; elas transformarão os dias cruéis que já tivemos e passamos, na época da ditadura, em momentos de felicidade, porque o povo está e continuará sendo muito e bem informado, por exemplo, sobre os escândalos, as falcatruas, as corrupções levadas em ação por pessoas ou grupos políticos; elas dominarão e não permitirão a desestabilização de si mesmas, para que a liberdade seja içada e exaltada tal qual bandeira que tremula livremente nos ares e no céu de nossa terra, Jeremoabo.Aos que as traem e trabalham pelo o fim delas, o NOSSO EXPLÍCITO, VEEMENTE PROTESTO E REPÚDIO. E VIVA A LIBERDADE.