17/02/2009

JANELA
Cristina Fam
Janela nua para a rua entreaberta olha a lua cheia que brilha o corpo da mulher sonhadora. Toca o sino sua suave melodia ao som do vento que escuta a cantiga, conhece a mensagem trazendo felicidades; mudanças, vida nova; o velho guarda o espaço e o tempo. Ficou para ontem, tudo foi feito, nada para acrescentar, volta à roda da vida com suas engrenagens lubrificadas em perfeita sincronia é o tempo máquina perfeita. Tudo foi dado em quantidade.

Quem poderá levar tralhas..., o novo é chegado, mas, já estava deitada esperando a hora para erguer-se; espera a viagem. O sino silencia, é calmaria, a brisa trazida é do mar, refresca a noite solitária, é a dança da lua entre nuvens; levando consigo o sono; desperta; reflete o hoje, aguarda sobre o novo e guardar em bom lugar o passado cheio de alegria, preocupações e choro.

Não se separa o inseparável, junta, acomoda e brilha junto à lua a vida em prata. Holofote lunar aqui em baixo para subir além do imaginável é a pura magia; inspiração divina; desperta não terá outra oportunidade, na próxima lua onde estarás, tens conhecimento do destino traçado ou desenhado para teus dias, guarda tudo em teu coração com carinho, tens a benção do Universo, agradece!

São demais os caprichos da vida; quando despertares amanhã ao romper da aurora não haverá lembranças, mulher privilegiada, Deus te protege e abençoa.
O sino desperta tua mente tens que estar desperta é chegada a hora, a lua sumiu, espera passar a nuvem, ela te pertence admira-a e despede-te deste lugar que as graças te acompanhe por toda a vida. Ganhou e perdeu, saiu no lucro da vida, rica em paz, realizada nos desejos, guardam as palavras eternas, planta herdada de um tempo de ouro, tesouro completo.

História de um tempo.