11/05/2009

Orgasmos e traças
Cristina Fam
Ainda que berrasse a língua dos corruptos; e, os fogos trouxessem mensagens de bons fluidos; o show de descarrego, orgasmo nas telas, a corrupção em polpa, tudo isso via satélite, apresentado de forma “normal”, entre: gripes, enchentes, fome, miséria, analfabetismo, poluição e a milenar corrupção, ou melhor, impondo a todos os costumes nocivos, carregando o descaso e apresentando-se às avessas.

Mas, ainda é muito cedo para criar um estado de boa representação. A “coisa” publica recheada da ração corrupta, que é dada por certo, em doses elevadas, exemplos; têm de tuia. Mas, o jerimum adormeceu a palmatória não se faz necessária, até mudou de lado é o povo quem leva as palmadas.

A boca branca X boca preta. Sim, mas e daí?! Nada foi modificado de lá pra cá. Acusação, afinal, quem é corrupto? Aquele que acusa e se junta em perfeita lua-de-mel, ao lado absoluto e corrupto, pobre diabo bajulador? O povo é quem escolhe..., entre mortos.

Outro dia a mulher queixava-se sobre perseguição e dizia: “por isso a cidade não vai pra frente”. Perguntei o que haveria de ter na frente, a mesma, ficou surpresa, tornei a perguntar - o que você gostaria de ter pela frente? Ficou vermelha, sabe que nem ela sabe! Igual a corrupto, certeza só de algo lucrativo.
É por ai que vai a coisa. É brincadeira de adulto malcriado, que passou a vida com gaiolas, e, andando na infância em pasto, realizou suas fantasias, ainda sobrou a “princesa”. Passando de mãe para filha segue a linhagem da brincadeira, quem sabe bem disso, basta dar uma risadinha. Coisa do interior. O primeiro amor não esquece jamais, e, alguns fiéis ao aprendizado seguem mantendo fidelidade ao pasto.

A chuva cai com rajadas de vento; sem proteção natural invade a cidade, é tempo de trovoadas, o rio Vermelho muda o curso, sua historia desviada, seu leito apagado, esgotos abertos, o homem destruindo tudo que a natureza criou. O homem pobre sem cultura, ignorante, aquele sem nenhuma responsabilidade, os habitantes incultos desta terra, tem contribuído com o desmantelo desta paragem, é o futuro; é passado. Quem viveu pelos pastos da vida, e, o que aprontou; deseja apagar as marcas deixadas, é velho passado, quem sabe, lá ficou muito.
Mudanças, afinal; a moça preocupada com o voto reclama os escolhidos, corrupto, pois, a lei guarda segredos. Se por destino, ou acaso, ou arrumação, sem poder separar sujeito de elemento, fica tudo. A coisa pública, jerimum demente, sem palmatória nem madeira de lei, para colocar na linha dura, educar. Coisa do passado. Que o povo leva pancada e palmada na bunda lisa, alguma duvida?

A pintura envelhecida esconde maldades, os gatos estão escondidos, o telhado agora é frio, sem o cio, não haverá algazarra, felinos traquinos têm os segredos dos lares desfeitos, em seus ouvidos gravados os tormentos noturnos dos descasados. Na ânsia e na calada das noites quentes o romance incendeie, já, nas noites frias seus corações amolecidos e bandos no desespero das “coisas” alheias afugenta o orgasmo, as traças desconhecem seus proprietários, elas; as verdadeiras donas das paredes envelhecidas.
Coisas da terra.