CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2010“
“Vós não podeis servir a Deus e à riqueza” (I PARTE)
Por Francisco Assis Melo
Missionário Católico
A Campanha da Fraternidade deste ano, que se apresenta na dimensão ecumênica integrando a Igreja Católica, tradicional promotora da campanha, e as demais Igrejas Cristãs que formam o CONIC, apresenta o tema “Economia e Vida” propondo amplo debate sobre o modelo econômico que privilegia o lucro, concentra as riquezas nas mãos dos que já tem muito e traz como conseqüências a desigualdade, a miséria e a fome, e a partir do esforço conjunto das Igrejas e das pessoas de boa vontade colaborar na construção de uma sociedade mais justa e sem exclusão.
O lema da campanha, “Vocês não podem servir à Deus e ao dinheiro”, faz consonância com o tema e exprime a advertência feita por Jesus, conforme Mateus 6: 24, quando aos pés do monte falava às multidões sobre o Reino dos céus e as advertia pela excessiva preocupação com as coisas materiais, as riquezas terrenas, quando deveriam primeiro buscar a justiça do Reino de Deus.
“A raiz de todos os males é o amor e o apego ao dinheiro”, é o que diz Paulo Apóstolo em sua primeira Carta à Timóteo. De fato, o dinheiro quase sempre é produto ou instrumento do pecado. Por ele os homens exploram seus semelhantes, promovem guerras, praticam assassínios, roubos e toda a sorte de crueldades. Mas o dinheiro por si só não representa o mal, e é necessário para prover as necessidades básicas das pessoas. O mal tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal ”(Papa Bento XVI em sua Mensagem Quaresmal).
E a economia como ciência é atividade realizada por pessoas, que colocam sua inteligência, dom recebido da graça do Pai, e seus conhecimentos na execução de políticas que orientam e afetam a vida de uma nação. Mas o que era para ser instrumento da promoção humana e do bem estar social tornou-se, pelo mau uso dos “talentos divinos”, em geração de desigualdades e de exclusão social. Assim, o dinheiro e tudo o que ele deveria representar de benefícios para o povo transformou-se em um mal, porque usado neste sentido.
E nessa “misteriosa convivência com o mal” está a fonte de todas as injustiças. As riquezas que deveriam ser colocadas a serviço do bem comum são repartidas entre poucos. O que deveria ser fonte de vida transformou-se em causa de morte para muitos. Os recursos da natureza explorados à exaustão para gerar mais lucros e riqueza para quem já tem muito. As políticas sociais não atendem as reais necessidades do povo porque não promovem o resgate da dignidade, antes, mascaram as injustiças. Os modelos econômicos sacralizam uma situação perversa de exclusão. É o homem fazendo a sua opção pelo Deus Mercado e pelas riquezas que lhe proporciona.
Contrapondo-se a essa cultura de morte que advém do modelo econômico que hoje se pratica no país, excludente e perverso, as Igrejas Cristãs vem ao encontro do povo de Deus, com um apelo especial aos governantes, nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica e como outrora Jesus na montanha, para dizer-lhe: vocês não podem servir a Deus e às riquezas! E neste tempo de Quaresma, de conversão por excelência, convidar a uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma revisão de valores que promova a reconciliação entre os homens, na prática da justiça e na construção do bem comum, que privilegie a pessoa humana e não o lucro e as riquezas, como meio de reencontro com Deus, sua graça e misericórdia.
E diante dos “sinais” que se apresentam cada vez mais freqüentes, nos céus, na terra e no mar, nunca se fez tão urgente ouvir-se o convite de Jesus, renovado na celebração da quarta feira de cinzas: “ – Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc. 1; 15)
Por Francisco Assis Melo
Missionário Católico
N. A. - A partir de hoje estaremos, por deferência especial da equipe redatorial e do responsável pelo “Notícias do Sertão”, que abrem um importante espaço para a divulgação da espiritualidade Cristã Católica, assinando uma coluna voltada a este tema. Notícias da Igreja, reflexões e mensagens que contribuam para a informação e elevação espiritual do povo cristão, constituem objetivo de nossos textos.
O lema da campanha, “Vocês não podem servir à Deus e ao dinheiro”, faz consonância com o tema e exprime a advertência feita por Jesus, conforme Mateus 6: 24, quando aos pés do monte falava às multidões sobre o Reino dos céus e as advertia pela excessiva preocupação com as coisas materiais, as riquezas terrenas, quando deveriam primeiro buscar a justiça do Reino de Deus.
“A raiz de todos os males é o amor e o apego ao dinheiro”, é o que diz Paulo Apóstolo em sua primeira Carta à Timóteo. De fato, o dinheiro quase sempre é produto ou instrumento do pecado. Por ele os homens exploram seus semelhantes, promovem guerras, praticam assassínios, roubos e toda a sorte de crueldades. Mas o dinheiro por si só não representa o mal, e é necessário para prover as necessidades básicas das pessoas. O mal tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal ”(Papa Bento XVI em sua Mensagem Quaresmal).
E a economia como ciência é atividade realizada por pessoas, que colocam sua inteligência, dom recebido da graça do Pai, e seus conhecimentos na execução de políticas que orientam e afetam a vida de uma nação. Mas o que era para ser instrumento da promoção humana e do bem estar social tornou-se, pelo mau uso dos “talentos divinos”, em geração de desigualdades e de exclusão social. Assim, o dinheiro e tudo o que ele deveria representar de benefícios para o povo transformou-se em um mal, porque usado neste sentido.
E nessa “misteriosa convivência com o mal” está a fonte de todas as injustiças. As riquezas que deveriam ser colocadas a serviço do bem comum são repartidas entre poucos. O que deveria ser fonte de vida transformou-se em causa de morte para muitos. Os recursos da natureza explorados à exaustão para gerar mais lucros e riqueza para quem já tem muito. As políticas sociais não atendem as reais necessidades do povo porque não promovem o resgate da dignidade, antes, mascaram as injustiças. Os modelos econômicos sacralizam uma situação perversa de exclusão. É o homem fazendo a sua opção pelo Deus Mercado e pelas riquezas que lhe proporciona.
Contrapondo-se a essa cultura de morte que advém do modelo econômico que hoje se pratica no país, excludente e perverso, as Igrejas Cristãs vem ao encontro do povo de Deus, com um apelo especial aos governantes, nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica e como outrora Jesus na montanha, para dizer-lhe: vocês não podem servir a Deus e às riquezas! E neste tempo de Quaresma, de conversão por excelência, convidar a uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma revisão de valores que promova a reconciliação entre os homens, na prática da justiça e na construção do bem comum, que privilegie a pessoa humana e não o lucro e as riquezas, como meio de reencontro com Deus, sua graça e misericórdia.
E diante dos “sinais” que se apresentam cada vez mais freqüentes, nos céus, na terra e no mar, nunca se fez tão urgente ouvir-se o convite de Jesus, renovado na celebração da quarta feira de cinzas: “ – Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc. 1; 15)
Por Francisco Assis Melo
Missionário Católico
N. A. - A partir de hoje estaremos, por deferência especial da equipe redatorial e do responsável pelo “Notícias do Sertão”, que abrem um importante espaço para a divulgação da espiritualidade Cristã Católica, assinando uma coluna voltada a este tema. Notícias da Igreja, reflexões e mensagens que contribuam para a informação e elevação espiritual do povo cristão, constituem objetivo de nossos textos.