"Não somos escravos de dinheiro", diz médico cubano que atuará em Jeremoabo
Fonte: bahianoticias
Crédito: Divulgação
Os 63 médicos estrangeiros que
vão trabalhar na Bahia pelo programa Mais Médicos tiveram o primeiro contato
nesta sexta-feira (30) com prefeitos e secretários de saúde dos 28 municípios
onde vão atuar. O encontro ocorreu na Universidade Aberta do SUS (Una-Sus), em
Salvador, onde os profissionais recebem aulas de fundamentos do Sistema Único
de Saúde (SUS) e de língua portuguesa. Entre os escolhidos para o programa na
Bahia, o médico Ivan Ahmed Bouyon Albarran, um dos 50 cubanos na Bahia,
comentou sobre as manifestações contra a chegada dos médicos de seu país. “Não
nos qualificamos como escravos, aliás, pode ser. Somos escravos da alma, da
solidariedade”, disse o médico que vai para Jeremoabo, no nordeste do estado.
Segundo o secretário de Sáude do Estado, Jorge Solla, de 2013 a 2014, vão ser
investidos R$ 500 milhões para reforma de mais de mil unidades de saúde e
ampliação de mais de 800. O titular da pasta ainda informou que até o final
deste ano o estado deve criar mais de mil novos postos de saúde na Bahia. No
evento, o deputado Marcelino Galo (PT) lembrou que os profissionais de Cuba,
contratados via acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana
de Saúde (Opas), vieram para as cidades onde não houve inscrição de médicos
brasileiros.