Policiais de PE aparecem nas investigações como
integrantes da quadrilha presa em P.A, diz capitão
Fonte: ozildoalves / Informação:Portal Cada Minuto
Jota Silva
Jota Silva
Crédito: Minuto Sertão
Em entrevista ao portal Minuto Sertão, o capitão
Winston Santana, comandante da Companhia de Operações Policiais Especiais do
Sertão (Copes-Caatinga), sediada em Piranhas, falou sobre a operação “Divisas”
que envolveu o policiamento de ao menos três estados e resultou na prisão de
nove pessoas na cidade de Paulo Afonso – BA, acusadas de integrar uma quadrilha
acusada de roubo a bancos em Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco.
Segundo o capitão, que também comanda a 2ª Seção
de Inteligência do Comando de Policiamento de Área do Interior (CPAI-1), apesar
das prisões já efetuadas, a quadrilha ainda não foi totalmente desbaratada. O
militar explica que durante os levantamos que a Polícia Militar realizou junto
com o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e os setores
de inteligência da Polícia Civil de Alagoas e Sergipe foram rastreadas algumas
ligações de Josélio Ramos Lúcio, um dos presos da operação que era o
articulador do grupo criminoso.
Nos áudios capturados, Winston revela que Josélio
conversa com outros supostos policiais do Estado de Pernambuco e deixa a
entender que os mesmos também fazem parte da quadrilha. O criminoso ainda
aparece pedindo caminhonetes emprestadas a alguns amigos pernambucanos para
utilizá-las nas investidas. Conforme o capitão, depois dos roubos, os veículos
eram escondidos em Paulo Afonso, na Bahia.
Santana conta que Josélio tinha alguns critérios
para atacar as agência bancárias e, um deles era evitar grande quantidade de
comparsas para que o dinheiro do roubo não tivesse que ser dividido entre
muitas pessoas, fazendo com que a parte de cada um fosse maior.
O bandido ainda seria responsável pela compra e
até roubo dos explosivos, como bananas de dinamites e estopins, utilizados para
explodir os caixas eletrônicos do bancos. Além disso, Josélio tinha influência
com outras quadrilhas que agem em Sergipe, Bahia e Pernambuco e é suspeito de
ordenar o assassinato daqueles integrantes do grupo que oferecessem perigo de
estragar os planos da organização, o que seria queima de arquivo.
Winston Santana diz que as investigações que já
duram meses continuam através da Polícia Civil em conjunto com a Polícia
Militar e o Ministério Público Estadual (MPE), que age por meio do Gecoc. Ainda
de acordo com o oficial, o delegado geral da PC, Carlos Reis, assegurou que os
trabalhos vão continuar com o intuito de desbaratar toda a quadrilha que vem
aterrorizando o Estado, principalmente nas cidade do interior.
O capitão garantiu que o empenho da Secretaria de
Estado da Defesa Social, com todas as forças policiais integradas e
mobilizadas, vai resultar na prisão de todos os integrantes da organização
criminosa que já começou a ser desmantelada. Nenhum nome de suspeito foi
divulgado para não atrapalhar o rumo dos trabalhos policiais.
A operação
A operação “Divisas” foi deflagrada no dia 30 de
abril desse ano, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que praticava
assaltos a bancos em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Dez mandados de
prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital e resultaram nas
prisões de Valdevânio Monteiro dos Santos, Vanderlan Monteiro Melo, Valdemir
Lopes da Silva; José Carlos Xavier de Souza, conhecido como "Boi",
José Ronilson da Silva, o Negão"; Jeferson Barros Acácio, Josenildo do
Nascimento Ramos, Edjair Ferreira Nogueira e Josélio Lúcio Ramos.