João Ubaldo deixa marca indelével na literatura
Fonte: bahianoticias / por
Samuel Celestino
Crédito: Divulgação
A
morte do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, que ocorreu nesta madrugada de
sexta feira, no Rio de Janeiro, onde residia de há muito, abre uma lacuna
imensa na literatura brasileira e deixa a Bahia órfã do seu grande escritor.
Ubaldo,
filho de Itaparica, onde foi buscar alguns dos seus personagens, era dono de um
humor invejável, o que facilitava a sua literatura leve e as suas crônicas que
publicava sempre aos domingos em A Tarde. Nasceu em 23 de janeiro de
1941.
Era
considerado um dos maiores talentos de sua geração. Amigo de Glauber Rocha, que
conheceu no Colégio Estadual da Bahia, o “Central” onde ingressou em 1955, com
ele participou da edição de revistas e jornais voltados para o setor cultural.
Pertenceu
à “Geração Mapa”, que explodiu e deixou marcas intensas numa geração também
marcante que floresceu no final dos anos 50 no Colégio da Bahia. Ubaldo
ingressou na Faculdade de Direito em 1958. Irrequieto, participou também de um
grupo de jovens que despontou para o jornalismo baiano no Jornal da Bahia, já
desaparecido.
Lá,
Ubaldo escreveu uma coluna marcada pelo humor, “Satyricon”, e, depois, foi
editor-chefe da Tribuna da Bahia. São inúmeras as suas produções na literatura.
Há dois anos ingressou na Academia de Letras da Bahia e, muito antes, foi
acolhido na Academia Brasileira de Letras. Era, ao lado de Jorge Amado, o
escritor mais brilhante da Bahia. A notícia da sua morte choca os baianos que
assim perdem o maior dos seus intelectuais.