21/10/2014

As obras de asfaltamento da rodovia federal que liga Carira a Jeremoabo estão paralisadas, desde o dia 17 de outubro de 2014. Após 60 anos de espera e sofrimento da população da região, indivíduo desconhecido, dizendo ser representante de sindicato descon
Fonte: canudosacontece / Informação: Mural do Sertão
Segundo José Raimundo Varjão Neto, que trabalha na área de borracharia e mecânica dos veículos, a atitude do suposto representante sindical foi abusiva e desarrazoada. Raimundo disse que são injustos os motivos da paralisação, que desconhece o sindicato e do mesmo modo desconhece o dito representante sindical, e asseverou que não é filiado ao referido sindicato.

Para o funcionário José Nunes Dias, que está a serviço do consórcio na construção de cercas, não há motivos justo para paralisação das obras, pois, não é verdadeira a alegação de que as refeições servidas aos funcionários não seriam de boa qualidade. E acrescentou Nuninho: Nem em minha casa as refeições são tão boas quanto as que são servidas na obra.

O funcionário Genival Teotônio da Silva, revoltado, disse desconhecer a autoridade do sindicalista que invadiu o canteiro de obras e determinou a paralisação das atividades. Acrescentou que não é sindicalizado e que ficou sabendo que alguns colegas, também não filiado e sindicalizado, foram enganados e induzidos a decidir pela paralisação das atividades.

Já o funcionário Jeferson de Almeida Varjão, desta região, também em tom de revolta, disse que um grupo de funcionários da cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia, ao pregar movimento sindical está desestabilizando as atividades de construção da BR-235 e prejudicando os trabalhadores.
   
O certo é que os prejuízos decorrentes da paralisação das atividades são imensos. Pelo que se colheu no trecho de construção da referida rodovia, a paralisação não interessa aos funcionários do consórcio, por terem seus salários reduzidos. Não interessa, também, às empresas do consórcio contratado para construção da rodovia, pois, a cada dia de paralisação, suportam um prejuízo mínimo de 300 mil reais, alem de atropelar o prazo de entrega da obra.

Relatos colhidos de membros da sociedade, diretamente interessada na conclusão da ocra, repudiam, do mesmo modo, a conduta arbitraria e abusiva de um sindicato que, sequer, é reconhecido pelos empregados que servem na obra.

José Luis Dias, estudioso da atividade sindical, adverte que os trabalhadores na obra da BR-235, à evidência, estão sendo vitimados da ganância e profissionalização de sindicalistas que vivem no anonimato, indivíduos que se aproveitam deste movimento para se promover e sobreviver ás custas do suor de trabalhadores pobres, desconhecedores da legislação sindical.

Adverte, em sua fala, ser necessário verificar a legitimidade da intervenção sindical neste e noutras obras, inclusive, se não está havendo chantagem e coação na conduta do dito sindicato contra os trabalhadores. E terminou advertindo: Servir a Deus e ao Diabo é algo muito condenável. Sei de sindicatos em que, de público, defendiam direitos dos trabalhadores, porém, às caladas, buscavam mesmo eram benesses junto aos empregadores, ficando revelado que condutas assim são fatores de pressão e barganha para colheita de favores.

Autor: Mural do Sertão