Após críticas, governo pode recuar em mudanças no seguro-desemprego | Chico Sabe Tudo
Fonte: chicosabetudo
Ministro da Fazenda Joaquim Levy
O governo federal pode ceder às centrais
sindicais e já admite em privado que pode rever parte das mudanças nas regras
do seguro-desemprego que endurecem o acesso ao benefício. As informações
são do jornal Folha de S.Paulo.
A equipe econômica de Dilma Rousseff chegou à
conclusão de que, se não tiver alterações no documento, a medida provisória que
restringe o benefício pode não ser aprovada no Congresso Nacional.
Segundo reportagem do jornal, assessores da
presidência afirmaram que, diante da reação contrária de lideranças sindicais,
a estratégia era fazer concessões durante a fase de tramitação da proposta no
Legislativo.
A medida acontece após declarações do atual
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, durante reunião em Davos, na Suíça,
chamou o modelo do seguro-desemprego de “ultrapassado”. A frase irritou
sindicalistas e foi classificada como infeliz pelo governo.
Pelas novas regras definidas pela equipe
econômica, a carência para adquirir o seguro-desemprego subiria de 6 para 18
meses nos últimos 24 meses trabalhados na primeira solicitação do benefício. No
segundo pedido, o prazo passou de 6 para 12 meses nos últimos 16 meses
trabalhados. Na terceira, foi mantida a carência de seis meses.
O governo também propôs mudanças no abono
salarial, no seguro-defeso (pago a pescadores no período de proibição da pesca)
e na pensão pós-morte.
O pacote de mudanças em benefícios trabalhistas e
previdenciários visa economizar R$ 18 bilhões neste ano para reequilibrar as
contas públicas.
Com informações da Folha de S.Paulo