Imperdível: Enquanto o PT “sangra”, a família do ex-presidente Lula prospera
Fonte: ibahia
A
estratégia “oposicionista” que se resume em “fazer o PT sangrar” me fez lembrar
deste texto do colunista Felipe Moura Brasil, no site da revista Veja,
publicado no início do ano.
(http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/02/28).
A ELITE VERMELHA: DEPOIS DO LULINHA, O SOBRINHO DO
LULA
1) Era uma vez o
sobrinho do Lula.
Taiguara Rodrigues
dos Santos, segundo a Veja desta semana, “ganhava a vida em Santos, no litoral
de São Paulo, onde se estabelecera como pequeno empresário, dono de 50% de uma
firma especializada em fechar varandas de apartamentos. Mas a maré mudou.”
“Em 2012, uma de
suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht
para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe,
em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a
Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na
África”.
Resultado: algum
tempo depois, Taiguara já “havia comprado uma cobertura dúplex de 255 metros
quadrados em Santos, dirigia um Land Rover Discovery de 200.000 reais e tomou
gosto por viagens pelas capitais do mundo, hospedando-se sempre em hotéis de
alto luxo”.
O sobrinho do Lula
está rico.
2) Era uma vez
Lulinha.
Fábio Luís Lula da
Silva era, nas palavras de Jair Bolsonaro, “limpador de estrume de elefante no
Zoológico de São Paulo”. Até os 28 anos, ganhava R$ 600. Mas a maré mudou.
Menos de um ano
após a posse do pai em 2002, Lulinha virou sócio de uma produtora especializada
em jogos, a Gamecorp, que, com capital de apenas 100.000 reais, conseguiu
vender parte de suas ações à Telemar, a então maior empresa de telefonia do
país, por 5,2 milhões de reais. Em 2006, a Telemar injetou outros R$ 10 milhões
na Gamecorp como antecipação de compra de comerciais na Play TV, antigo Canal
21, arrendado por 10 anos à empresa de Lulinha pela Rede Bandeirantes para seis
horas de programação diária.
Como a Telemar
tinha capital público e era uma concessionária de serviço público, a sociedade
com o filho do presidente sempre causou estranheza. O objetivo mais óbvio seria
comprar o acesso que ele tinha a altas figuras da República. Sim: Lulinha foi acionado
para defender interesses maiores da Telemar junto ao governo do pai. Em
especial, em setores em que se estudava uma mudança na Lei Geral das
Telecomunicações, que impedia a compra da Brasil Telecom. No fim de 2008, veio
a “coincidência”: a lei foi alterada por decreto de Lula, e a Telemar formou
com a Brasil Telecom um império de telecomunicações.
Lulinha está rico.
3) Era uma vez
Lula.
Calma: não vou
contar a história do sindicalista que subiu ao poder pregando a ética na
política.
Só lembro seu
comentário em 2006 sobre a estranha evolução de patrimônio do filho:
“Porque deve haver um milhão de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho.”
“Porque deve haver um milhão de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho.”
Não pode todo
mundo enriquecer depois de receber 15 milhões de reais da Telemar. Não pode
todo mundo enriquecer depois de assinar um contrato com a Odebrecht. Não pode
todo mundo ser filho ou sobrinho do presidente da República.
Lula já tem dois
“Ronaldinhos”. Os três estão ricos, enquanto o Brasil está pobre.
Percival Puggina
- Tribuna da Internet