JEREMOABO "91 ANOS"
História ( 1925 - 2016 )
A região de Jeremoabo, no nordeste da Bahia, foi povoada originalmente por Tupinambás dos grupos Muongorus e Cariacás. A palavra Jeremoabo em língua tupinambá significa "plantação de jerimum".
No século XVI, o português Garcia d'Ávila recebeu do rei João III uma sesmaria de 60 léguas quadradas, abrangendo as terras onde hoje se localiza o município. Em conflito com os missionários, que se opunham à escravidão dos índios, D'Ávila incendiou a povoação original, reconstruindo-a depois por intervenção do Papa e do governo colonial.
Em 1688 foi expedida a patente de Sebastião Dias, primeiro Capitão–Mor da aldeia Muongorus de Jeremoabo. Dez anos depois, Jeremoabo foi elevada à categoria de julgado.
Em 1778, o Governo Geral do Brasil criou a freguesia de São João Batista de Jeremoabo, cuja paróquia passou a ser dirigida pelo padre Januário de Souza Ferreira. Segundo documentos da época, havia na sede 32 casas construídas e uma população de 252 habitantes.
Em consequência de sua grande extensão territorial, várias povoações (em geral antigas aldeias indígenas) desmembraram-se da Jeremoabo original, vindo a se constituir em outras freguesias e mais tarde em municípios: Monte Santo em 1790, Cícero Dantas em 1817, Tucano em 1837, Ribeira do Pombal em 1837, Santo Antônio da Glória em1840, etc.
Jeremoabo tornou-se vila por decreto de 25 de Outubro de 1831, ganhando condição de cidade em 6 de Julho de 1925.
Brasão de Armas do Município de Jeremoabo/Ba
Escudo: esquartelado por faixa flamejante de dez chamas, de prata e vermelho. Sobre os quartéis de prata, cinco cruzetas vermelhas dispostas em sautor.
Insígnia: coroa mural de prata, com quatro torres do mesmo, que é atribuído de cidade municipal.
Comentário: No escudo, as figuras são alusivas aos anais do município. No primeiro quartel (de prata), as cinco cruzetas vermelhas que equivalem às cinco chagas de Cristo e assim se constituem em símbolo missionário, aludem aos padres Jesuítas que participaram do povoamento desde os seus primórdios, difundindo a doutrina cristã. As chamas e o campo do 3º quartel, retratam o incêndio da aldeia de Jeremoabo por parte de Garcia D´Ávila, em represália à resistência dos naturais e religiosos, por sua pretensão de escravizar indígenas. O fogo evocativo do episódio, consta também do 2º quartel e simbolizam ai, suas conseqüências corporificadas na reconstrução do povoado que deu origem à cidade, pelo mesmo Garcia D´Ávila, graças à interferência da Coroa e dos religiosos (já agora franciscanos, que estão representados pelas cinco cruzetas vermelhas do 4º quartel) vitoriosos na civilização do aldeamento, pela fé emanada da catequese, que, como enuncia o lema, “Fides Super Omnia ” ( A Fé Tudo Vence) .
Salvador, 03 de setembro de 1974
"Todos nós somos capazes de realizações, e para isso acontecer, devemos sempre tentar"
Bandeira do Município de Jeremoabo/Ba
Comentário: Conforme o Brasão Municipal formada também por faixas flamejante de dezchamas, de prata e vermelho, e ainda cinco cruzetas vermelhas dispostas em sautor.
HINO DE JEREMIOABO
Link para ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=9c0T77sM5m8
Salve, cidade querida!
Volvendo ao passado
Queremos lembrar
Teus habitantes antigos
Os índios ferozes, Tupinambás
Garcia D'Ávila, homem forte e destemido
Percorrendo com Bandeiras
Estas Terras do Sertão
Prendendo índios
Transformando-os em escravos
Fez currais e criou gado
Dando início a fundação
Jeremoabo, hoje é teu dia
Jeremoabo, berço de nossos pais
Ex-freguesia do Padre Januário
Festejamos com alegria
O teu grande legendário (bis)
Dom João III deu sesmaria
Senhor da Torre te incendiou
Depois o Papa intercedendo
Junto ao governo te recuperou
Dom João V te elegeu a povoado
Quando apenas cinco brancos
Residiam no local
Depois foi vila
Transformou-se em cidade
Nós te amamos de verdade
Querida Terra Natal!
Jeremoabo, hoje é teu dia
Jeremoabo, berço de nossos pais
Ex-freguesia do Padre Januário
Festejamos com alegria
O teu grande legendário (bis)
Meu Torrão Idolatrado
Pedaço de chão coberto de anil
Teu céu de luz estrelado
traduz a beleza
Do céu do Brasil
Terra querida
Deus te ampare e abençoe
Viva sempre a cada dia
Desfrutando paz e amor
Que a tua história seja
Da glória na lista
Coração de João Batista
Terra de Nosso Senhor
Jeremoabo, hoje é teu dia
Jeremoabo, berço de nossos pais
Ex-freguesia do Padre Januário
Festejamos com alegria
O teu grande legendário (bis)
CANÇÃO DE JEREMOABO
Música de Jilbert de Carvalho - (1925)
Vem rompendo a madrugada
Chico Gato destemido
Faz o cerco na calada
Esperando o boi valente
Boi chamado corredor
Para uma luta frente a frente
Chico Gato neste dia prometera pra Maria
Uma jura comovente
Sem temer nem mesmo a morte
De trazer pegado a unha
Este boi arisco e forte
Jeremoabo, que tem
Rio Ipiranga
Para molhar a terra
A seca do lugar.
Jeremoabo jurema em flor
És minha terra, és meu amor
Jeremoabo que tem Maria
Pra o cabloco apaixonar
E por causa dela se matar.
Jeremoabo jurema em flor
Ai deixei o meu amor.
É tomada à posição
Chico Gato espera a hora
Da arrancada estonteante
Eis que o boi que vive alerta
Rompe o cerco num instante
Pra escapar da pega certa.
Desde aí Jeremoabo
Conta a história desse boi
Corredor de triste sorte;
Que no abismo se jogou
Não foi preso e teve a morte
E que o vaqueiro acompanhou.
Vem rompendo a madrugada
Chico Gato destemido
Faz o cerco na calada
Esperando o boi valente
Boi chamado corredor
Para uma luta frente a frente
Chico Gato neste dia prometera pra Maria
Uma jura comovente
Sem temer nem mesmo a morte
De trazer pegado a unha
Este boi arisco e forte
Jeremoabo, que tem
Rio Ipiranga
Para molhar a terra
A seca do lugar.
Jeremoabo jurema em flor
És minha terra, és meu amor
Jeremoabo que tem Maria
Pra o cabloco apaixonar
E por causa dela se matar.
Jeremoabo jurema em flor
Ai deixei o meu amor.
É tomada à posição
Chico Gato espera a hora
Da arrancada estonteante
Eis que o boi que vive alerta
Rompe o cerco num instante
Pra escapar da pega certa.
Desde aí Jeremoabo
Conta a história desse boi
Corredor de triste sorte;
Que no abismo se jogou
Não foi preso e teve a morte
E que o vaqueiro acompanhou.