29/06/2008

FATO E SENSO
Cristina Fam
Foi à chave para a coragem demonstrada por aqueles que, em silencio, suportaram insultos ao se unir a Gandhi e a Martin Luther King Jr., em atos de protestos pacíficos, para desperta a consciência publica contra a injustiça.
A natureza contagiante de uma atitude corajosa por parte de alguém pode inspirar um grupo inteiro. Calçar as sandálias da HUMILDADE é fundamental.

Pior que nada já dizia minha avó é o sa-la-cu-te-jo da estupidez. “Quem não toma conselho ouve coitado.” Mas, nada é por acaso, quem não amadurece apodrece, sem necessidade de clarividência para prever o desmantelo e, que rumo toma a “coisa”. Por mais alto grite a loucura, esperneia, dê murro em ponta de faca, rasgue suas roupas, e fique até rouca, trocando em miúdos; é hora do parto. Sem esperança não há vitória, Adão imaturo responsabiliza Eva por haver comido do fruto proibido, e foi uma Eva imatura que, por sua vez, transfere a tentação para a serpente. Aristóteles foi um dos primeiros a observar que nos tornamos as pessoas que somos devido às nossas próprias decisões, sem desculpas, e falsas perseguições, já que o homem é o seu próprio carrasco.
“Uma multidão em seu próprio conceito é o falso, pelo fato de deixar o individuo completamente impune e irresponsável ou, no mínimo, enfraquecer seu senso de responsabilidade, reduzindo-o a uma fração”.
Nas Confissões, Santo Agostinho usou esse senso de responsabilidade enfraquecido pela pressão dos pares como traço central da meditação sobre vandalismo de sua juventude “porque temos vergonha de recuar quando os outros dizem “Vamos!” E insistiu tanto quanto Aristóteles e os existencialistas no reconhecimento da responsabilidade pessoal pelo que fazemos. Um senso de responsabilidade enfraquecido não enfraquece o fato da responsabilidade.