CHEROKEES
Cristina Fam
Foto: Jovino Fernandes
Lentamente, duas índias chegam a nossa terra, Nyame e Tchiya, vindas da América do Norte, EUA, descendentes dos cherokees, que são conhecidas como uma das “Cincos Tribos Civilizadas”. Na bagagem paz, falam dos nossos ancestrais, transmite um conhecimento belissímo, filosofia de vida fantástica, para que reine o amor em todos nós. Para que o Cristo interno abençõe nossas ações.
Todas as culturas originais e ancestrais da Mãe Terra foram esquecidas ou desapareceram, ignoramos nossas raízes, deixamos para trás um passado cheio de histórias e verdades. Traços remanescentes deixados e até mesmos desenhos rupestres em pedras os quais expressam um conhecimento ainda por desvenar por parte dos cientistas, uma sabedoria celestial uma conexão com as estrelas e seus movimentos. A ciência já provou que todos nós originamos da mesma mãe na África.
Quando as pedras choram, Nyame e Tchiya fazem uma viagem em busca de uma verdade, seus corações estão iluminados, seus antepassados as colocaram aqui, em Jeremiah Moab. Tocadas por uma energia amorosa, um mundo espiritual elevado falam de uma África universal, da força da mulher, das coisas do ar, da terra, o segredo da vida, um resgate.
Raul Seixas em suas músicas inteligentes transmite suas verdades, crecemos ouvindo pedaços, amadurecemos juntando-os. “Eu perdi o meu medo da chuva, pois a chuva voltando pra terra, traz coisas do ar. Aprendi o segredo, da vida vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar”.
Em um momento assumimos a insatisfação consciente de uma vida cheia de incertezas, sem pespectiva, cujo horizonte parece encoberto, sem esperanças claras e na iminência de um futuro cada vez mais assustador, iniciamos a busca de uma razão que nos permita optar e justificar de maneira plausível os esforços e sacrifícios de uma continuidade.