Polícia vai usar arma que não mata durante Carnaval
Jovino Fernandes
Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1072895
Luana Gomes, do A TARDE
O armamento dispara dardos e choques elétricos de 120 mil volts
Na apresentação do armamento, que contou com a presença do governador Jaques Wagner, o secretário informou que o novo aparato das polícias Civil e Militar será decisivo para a redução de crimes na folia.
“Em 2008 registramos 1.390 ocorrências, o menor índice dos últimos anos. Nossa meta é reduzir este número em 12,5 %”, afirma. Ou seja, a pretensão da SSP é evitar cerca de 174 ocorrências, chegando à marca de 1.216, a um custo aproximado de R$ 120 mil, considerando o valor mínimo da arma, estimado em de R$ 600, de acordo com pesquisa feita por A TARDE.
Para Carlos Alberto Costa Gomes, especialista em Segurança Pública, a arma representa uma evolução do policiamento. “Começamos a pensar em segurança pública no sentido real de sua concepção - proteger a população, reduzindo o poder de execução dos policiais”, opina. Costa Gomes afirma que o uso da taser M-26 apresenta perigos, porém, “são infinitamente menores que o da arma de fogo”.
Ironia – José Nilton Ferreira, pesquisador do Observatório de Segurança Pública da Bahia, explica o funcionamento da taser: “Ela possui um dardo que dispara descargas elétricas de 120 mil volts, que paralisam o corpo por minutos, numa espécie de ataque epiléptico”.
Ferreira informa que este tipo de armamento é obsoleto no restante do mundo, sendo indicado “para o tratamento com loucos”. “O Carnaval reúne uma quantidade de gente absurda. Os policiais agem a menos de cinco metros das brigas e assaltos. Esta arma é para ser disparada a uma distância mínima de 15 metros. Quero dizer que seu disparo pode atingir muitos inocentes”, ressalta.
O pesquisador lembra o risco para cardíacos e portadores de marco-passo, se atingidos. “O que precisamos é de policiamento ostensivo e medidas preventivas, como um plano de evacuação de feridos, que não existe”, diz.
A utilização de 200 pistolas elétricas, não-letais, do modelo taser M-26, pela polícia, durante o Carnaval, foi anunciada, na quinta-feira, 12, pelo secretário de Segurança Pública do Estado (SSP), César Nunes, no Hotel Pestana.
Na apresentação do armamento, que contou com a presença do governador Jaques Wagner, o secretário informou que o novo aparato das polícias Civil e Militar será decisivo para a redução de crimes na folia.
“Em 2008 registramos 1.390 ocorrências, o menor índice dos últimos anos. Nossa meta é reduzir este número em 12,5 %”, afirma. Ou seja, a pretensão da SSP é evitar cerca de 174 ocorrências, chegando à marca de 1.216, a um custo aproximado de R$ 120 mil, considerando o valor mínimo da arma, estimado em de R$ 600, de acordo com pesquisa feita por A TARDE.
Para Carlos Alberto Costa Gomes, especialista em Segurança Pública, a arma representa uma evolução do policiamento. “Começamos a pensar em segurança pública no sentido real de sua concepção - proteger a população, reduzindo o poder de execução dos policiais”, opina. Costa Gomes afirma que o uso da taser M-26 apresenta perigos, porém, “são infinitamente menores que o da arma de fogo”.
Ironia – José Nilton Ferreira, pesquisador do Observatório de Segurança Pública da Bahia, explica o funcionamento da taser: “Ela possui um dardo que dispara descargas elétricas de 120 mil volts, que paralisam o corpo por minutos, numa espécie de ataque epiléptico”.
Diferentemente de Costa Gomes, Ferreira enfatiza que a adoção da arma é uma “ironia”. “Os dardos que disparam as descargas custam de R$ 150 a R$ 250. Como vamos repor esta munição, se a polícia sequer tem verba suficiente para encher o tanque de gasolina de seus carros?“, questiona o pesquisador.
Ferreira informa que este tipo de armamento é obsoleto no restante do mundo, sendo indicado “para o tratamento com loucos”. “O Carnaval reúne uma quantidade de gente absurda. Os policiais agem a menos de cinco metros das brigas e assaltos. Esta arma é para ser disparada a uma distância mínima de 15 metros. Quero dizer que seu disparo pode atingir muitos inocentes”, ressalta.
O pesquisador lembra o risco para cardíacos e portadores de marco-passo, se atingidos. “O que precisamos é de policiamento ostensivo e medidas preventivas, como um plano de evacuação de feridos, que não existe”, diz.