24/01/2010

UMA NOITE EM JEREMOABO
Por: ROBSON CAVALCANTE GONÇALVES

No sertão baiano, vivendo a mais de 250 km da mais próxima capital, dificilmente existem possibilidades de noites agradáveis. Porém, em uma dessas noites de verão, daquelas em que a suave brisa sopra desde a Serra da Santa Cruz até os mais escondidos lares de Jeremoabo convidaram-me para uma “DEGUSTAÇÃO DE MASSAS”.


Ora, não houve surpresa no convite, pois sou um dos poucos privilegiados no convívio com o casal recepcionista, que, diga-se de passagem, sabem receber convidados como poucos nessa terra. A surpresa ficou por conta da “degustação de massas”. “Bom garfo” que sou, deparei-me com massas típicas italianas tais como rondelli e canelonne preparadas por Tereza Nolasco com um sabor divinal que me lembraram os bons tempos em que circulava pelo sul do país onde residi por certo tempo.
O frescor da noite jeremoabense naquele instante tornava-se diferente, com um sabor d’Itália, algo diferenciado das noites dos bodes e galinhas caipiras já famosas. Era o que tinha de mais fino e requintado em um recanto do Brasil acostumado a não ter requinte. Os anfitriões, elegantemente, servirão às 22 h como em qualquer de paralelo bom gosto, a suave música brasileira – MPB – brindava os tímpanos dos convidados, estes, cerca de oito pessoas, de uma simples elegância típica dos finos e, por fim, um jantar com o requinte da nobreza no sertão baiano.

Salve o bom gosto, viva o bom papo, que felicidade é partilhar alguns momentos de fino prazer com pessoas de tamanho bom gosto e refinamento clássico. Viva Jeremoabo!