Brasileiro condenado na
Indonésia deve ser executado em fevereiro
Fonte: http://www.msn.com / Agência O Globo
Agência O Globo
RIO - Após ter seus pedidos de clemência negado,
o nome do brasileiro Rodrigo Gularte apareceu numa lista de prisioneiros que
serão executados divulgada pelo governo indonésio, na última quarta-feira. De
acordo com o jornal The Jakarta Post, as autoridades já começaram a preparar a
prisão na ilha de Nusakambangan, em Cilacap, onde deve ocorrer a execução, em
fevereiro. A data exata, no entanto, ainda não foi divulgada.
- Nós
estamos muito prontos. Agora é apenas uma questão de pressionar o botão - disse
o Ulung Sampurna Jaya, chefe da polícia de Cilacap ao Jakarta Post.
A informação
de que o governo indonésio pretende executar mais 11 prisioneiros foi passada
pela Procuradoria Geral do país ao parlamento durante uma reunião que aconteceu
na quarta-feira. Não encontro não foram passados outros detalhes, apenas que
ainda está sendo decidida a data e o local exato onde ocorrerá a execução. Além
do brasileiro, a lista inclui cidadãos da Austrália, França, Filipinas, Gana e
Espanha.
A família de
Rodrigo Gularte, preso em 2004 tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína
dentro de pranchas de surfe, tenta impedir a execução do brasileiro. Em
entrevista ao "Fantástico" da TV Globo, Angelita Gularte, prima dele,
disse por e-mail que o brasileiro está enlouquecendo na prisão, onde recebe a
visita constante de médicos e religiosos. Ela tenta um laudo de autoridades da
Indonésia constatando que o primo sofre de esquizofrenia, que o livraria do
fuzilamento
O governo
brasileiro tem pouca esperança de ver revertida a condenação de Rodrigo
Gularte. Oficialmente, o governo Dilma Rousseff continuará tentando evitar a
morte de Gularte. Nos bastidores, no entanto, as autoridades já perderam a fé
nessa possibilidade, já que o último pedido de clemência de Rodrigo foi negado.
No início do
mês o governo indonésio executou o brasileiro Marco Archer, condenado em 2004
por tentar entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de
uma asa-delta. Na ocasião, ele confessou ter recebido US$ 10 mil dólares para
levar a droga do Peru, com conexão em São Paulo. Ele foi o primeiro brasileiro
executado no exterior. Logo após a execução o Ministério das Relações
Exteriores entregou ao embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, uma
nota de repúdio pela execução e por terem sido ignorados os pedidos de
clemência e os apelos feitos pelo governo brasileiro.