CASA HISTÓRICA DA PRAÇA DA MATRIZ É DEMOLIDA E DEIXA SAUDADES E MEMÓRIAS
Fonte: JV PORTAL /
JEREMOABO TV
RP: 9291/BA
A Praça da Matriz, palco de tantas histórias e memórias de Jeremoabo, amanheceu desde do dia 20 de novembro de 2025, com um vazio que não é apenas físico, mas emocional: a demolição da casa que pertenceu a família do saudoso Sr. Montalvão. Uma construção tradicional, carregada de lembranças, encontros, conversas à porta e capítulos que marcaram parte da vida social da cidade.
A casa do Sr. Montalvão não era apenas uma residência. Era um marco histórico, um ponto de referência que atravessou gerações e testemunhou a transformação da cidade ao longo do tempo. Ali, muita gente cresceu, passou, conversou, viveu momentos que hoje se tornam apenas lembranças.
Na residência ora demolida, muitos jovens guardará as lembrança, as brincadeiras, os estudos na maior biblioteca da cidade.
Ver sua estrutura sendo demolida é testemunhar o fim de um ciclo e o início de outro. A história segue, mas o coração da cidade perde um pedaço do que ela foi um dia. Ficam o respeito, o registro e a saudade de tudo o que aquele lar representou.
Na residência agora demolida, situada ao lado da Praça da Matriz, muitos jovens de Jeremoabo guardam lembranças que jamais serão apagadas pelo tempo. Ali, antes de o silêncio tomar conta do espaço, ecoaram risos de brincadeiras de infância, descobertas da adolescência e momentos que marcaram capítulos importantes da vida social e cultural da cidade.
Foto Atual
Naquela casa funcionou, por muitos anos, o que foi considerada a maior biblioteca particular de Jeremoabo, ponto de apoio para estudantes, pesquisadores e curiosos que buscavam conhecimento, orientação e incentivo. Muitos jovens ali encontraram portas abertas para seus estudos, sonhos e crescimento pessoal.
Foto Antiga - Mesmo Ângulo
O local também era conhecido pelas consultas jurídicas junto ao maior Advogado da cidade, o Sr. Montalvão, onde o dono da casa, sempre solícito, procurava ajudar a comunidade com atenção e seriedade. Era um lugar de acolhimento, sabedoria e compromisso com o bem comum.
Sr. Montalvão - Patriarca da Família Montalvão
E como esquecer o clima dos festejos juninos? Estando ao lado da Igreja Matriz de São João Batista, padroeiro de Jeremoabo, a casa se tornava ponto de encontro durante as celebrações, iluminada pelo ritmo do São João, pelo cheiro de milho, fogueiras e pela alegria do povo.
Como imaginar o que passa no coração dos filhos que ainda se encontram vivos ao testemunharem a demolição da casa onde viveram parte de suas histórias como Dr. Fernando Montalvão (Advogado) residente em Paulo Afonso, nossa Pró Advogada (Regina) em Salvador, José Montalvão (Dedé) ex-funcionário federal em Aracajú, Aninha a caçula com sua filha Fernanda (Nutricionista) Jeremoabo, sem deixar de lembrar dos que já estão no andar de cima como Lú funcionário do Estado lotado no Fórum Dr. Jonas de Carvalho Gomes, João Batista (Tista) grande professor, preparador para concursos públicos, nossa saudosa e eterna professora Cinha. Entre tantos filhos, não poderia deixar de registrar, a visita de membros da família que sempre estavam no período do São João, minha eterna amiga Tate e sua mãe D. Dulce (in-memoriam) Salvador. A JEREMOABO TV em visita a demolição da casa, conversou com Aninha, onde foi registrado seus sentimentos:
Hoje encerro um ciclo. Fica a saudade e as memórias que guardarei para sempre.
Tudo o que vivi ao lado da minha família — aniversários, Natais, São João, a casa cheia, a união, a alegria e o movimento — foram momentos inesquecíveis.
Também vivemos despedidas dolorosas, que nos ensinaram sobre amor e força.
A vida segue, e sou grata por tudo que vivemos.
Obrigado, Deus, por cada capítulo
Não é apenas uma construção que cai ao chão, mas um pedaço da vida, da memória, da infância, dos cheiros, sons e momentos que jamais voltarão. Cada parede que se desfaz guarda um silêncio carregado de lembranças: a voz dos pais, as conversas na sala, as orações no santuário, os estudos iluminados por noites de dedicação, as festas que enchiam a casa de alegria.
Hoje, a demolição marca o fim de uma era. Porém, ficam vivas as memórias, o sentimento e o reconhecimento de que aquela casa foi, por muito tempo, um patrimônio afetivo da cidade, guardando histórias que continuarão vivas no coração de quem as viveu.
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