O quadro sucessório este ano em Jeremoabo está um tanto diferente dos pleitos passados; basta verificar o detalhe das candidaturas majoritárias. Se de um lado, temos um ex-prefeito tentando o seu terceiro mandato, Tista, que é filho natural de Jeremoabo, assim como seu vice, Pedrinho; do outro, se tem um cidadão conhecido no meio comercial, mas nem tanto no político, inclusive é Sergipano, Derí que tem como seu vice um Jeremoabense, Marco Dantas.
Há de se levar em conta ainda, que Tista, mesmo chegando ao poder, caso seja liberado pela justiça eleitoral e sendo eleito, correrá o risco de não poder governar sua terra pela terceira vez, em face dos diversos processos que tramitam no poder Judiciário contra si, no âmbito estadual e federal e por já ter sido prolatada sentença em um deles, lhe suspendendo os direitos políticos por 03 (três) anos, cuja ação, por força também de recurso, encontra-se pautada para julgamento na quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça/Bahia, para o dia 27 do mês em curso.
Como se vê, o ex-prefeito, desta vez, poderá está iniciando involuntariamente, sua decadência política e embora esteja ao lado de uma ainda tida como liderança no ranque político de Jeremoabo, assim como ele próprio, João Ferreira, que é pai de seu Vice – de Tista, claro, Pedrinho; parece que não está conseguindo salvar seu companheiro do labirinto em que se meteu. Mas, poderá sim, dadas as circunstâncias, retornar ao comando geral da política de seu município, mesmo que figurativamente com Pedrinho que, evidentemente, assumiria os destinos do governo municipal.
Todavia, em meio a este desconforto, o candidato da coligação “06 de julho” – Tista persiste com sua confiança e tem feito de tudo para se sustentar, não só como a cabeça de sua chapa, mas também e principalmente junto aos seus eleitores; embora nos bastidores, é provável, que já estejam trabalhando em busca de um nome para lhe substituí, após 25 do mês vindouro, na hipótese do TSE lhe tornar inelegível definitivamente.
Acontecendo isso, João Ferreira concordaria e se contentaria que seu filho Pedrinho continuasse como Vice? Não exigiria que ele passasse para a cabeça; sendo, obviamente, o candidato a Prefeito e Tista indicaria um Vice? Alguém está ou estaria no meio dos dois (Tista/João) para exigir ou forçar que Pedrinho fosse Vice e haver a aceitação da pessoa para substituir Tista?
Enquanto não chegar esse dia as dúvidas, os receios, as esperanças, as tristezas e alegrias se digladiam em ritmo acelerado no ringue erguido para uma batalha, cujos vencedores poderão ser: os caprichos, o ódio, a cobiça pelo poder; desavenças pessoais, familiares ou meramente desejos políticos; e os perdedores, como sempre, serão: o povo, o eleitor, a cidade, o município, o desenvolvimento e o progresso. Qualquer que seja a situação, uma coisa é certa, todos eles estarão sendo o palco da peça escrita, montada e executada; por atores, produtores e patrocinadores de uma olimpíada chamada disputa eleitoral. É bom frisar que a peça tem títulos e subtítulos: PEDIDOS DE REGISTROS DE CANDIDATURA – impugnações, recursos, decisões, julgamentos, sentenças, acórdãos; isto sem se falar em agravos de instrumento e regimental, etc.
E as eleições estão próximas: decida-se, eleitor; pra onde vai, onde fica. Deixe a indefinição com eles; analise bem os candidatos e use sua plena consciência. São quatro anos de felicidade ou pesadelo sem trégua. A caminhada é rápida, mas a estrada é longa; pense nisto. O futuro de sua terra e de todos nós depende de você. Não hesite e jamais pense em anular seu voto; ele é sua arma fatal: benéfica ou mortífera, pra você mesmo