JEREMOABO: QUEM SERÁ O SUBSTITUTO?
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Encerrou-se nesta quinta-feira o prazo no qual todos os recursos deveriam ter sido julgados pelo TSE. Como era esperado e diante da avalanche de recursos aguardando julgamento, isto não foi possível. Assim continua a expectativa em Jeremoabo sobre o futuro da candidatura do ex-prefeito Tista de Deda. De Santa Brígida chegam-nos notícias de que o ex-prefeito França, que enfrenta os mesmos dissabores do seu colega de Jeremoabo, já articula a sua substituição por não enxergar nenhuma luz no final do túnel.
Muitos eleitores esclarecidos do candidato (sub-judice) Tista de Déda, que têm consciência de sua real situação, questionam a boca miúda sobre as razões da insistência do ex-prefeito em manter-se irredutível em não desistir de sua aventura política, apresentando um substituto.
Na verdade não existem mistérios em sua atitude. São vários os motivos que impedem o candidato de seguir o exemplo de tantos outros em situação semelhante, desistindo e apresentando substitutos.
O principal talvez seja de confiar na palavra de seus advogados e padrinhos políticos e nutrir a esperança de uma decisão favorável do TSE. Mas outras considerações devem ser feitas.
Uma das dificuldades provavelmente é achar alguém que se enquadre no perfil de um “laranja” manipulável que permita que o ex-prefeito fique como eminência parda, assumindo uma Secretaria, dando as cartas e comandando a administração. Talvez alguém se prestasse a isto, mas seria por pouco tempo. Já vimos este filme antes e o final é conhecido. E também não será fácil empurrar um laranja de goela a baixo dos eleitores.
Mas existe uma dificuldade bem maior que é o seu Vice. Se vier a desistir da candidatura seu natural substituto será o Vice da chapa, Pedro Varjão, e a família real de Tista não engoliria este sapo. Literalmente. De João Ferreira só querem o apoio. O inverso é impossível. E ninguém duvida de que João bateria o pé neste sentido, em favor do filho, por não lhe faltarem argumentos e razões para exigir. Apresentando o vice como substituto haverá, também, de garantir que seu grupo e seu eleitorado assimile a idéia e isto também não será tarefa muito fácil.
A questão seria solucionada facilmente caso sua esposa, Dra. Anabel, tivesse se desincompatibilizado de suas funções públicas no prazo da lei. Aí tudo estaria resolvido porque pouca reação negativa causaria se viesse a substituí-lo. Mas foram imprevidentes e não pensaram nisto antes.
Outros nomes de uma certa consistência existem no grupo, mas desde o começo são descartados pelo líder por serem pessoas independentes e que não se deixariam manipular. E fica a dúvida se alguém sério teria raça para, a esta altura, aceitar mergulhar nessa aventura.
O prazo para uma substituição se encerra às 8 horas do próximo dia 4 de outubro. Até lá saberemos se o ex-prefeito vai até o fim, levando consigo seu eleitorado ladeira abaixo. Ou se outro assumirá este encargo.