A HISTÓRIA NÃO TEM TEMPO
Espedito LimaSe realizarmos uma minuciosa pesquisa, jamais encontraremos o tempo exato que começou a história, de tudo e sobre tudo. Ele sempre está escondido, não só na história, como em si mesmo. E é difícil relacionar uma coisa com a outra, pois ambas existem num mesmo espaço e numa trajetória. Todavia, com certeza, um apareceu primeiro que o outro; mas ambos é história e ambos é o tempo.
A história revela tudo aquilo que viveu e sobrevive através do tempo e este é responsável pelo período dela, quer seja do seu início, do seu meio e do seu fim. Ela mostra os fatos e os acontecimentos em todas as suas dimensões; ele, por sua vez, faz a cronologia dela. Ela fotografa a realidade verdadeira ou fictícia, enquanto que ele dimensiona o espaço que ela percorre.
O não, que fica entre ela e ele, embora seja uma negação, não causa nenhum dano, porque exprime ou representa apenas o que tem, do tem que está ao seu lado direito; indicando, ai sim, o negativo dela e dele (história/tempo), mas que, tanto um quanto outro existem positivamente e se conhecem como dois íntimos amigos, de época muito distante.
Ela conta o tempo e ele lhe condiciona a um espaço, um tamanho e uma largura; uma medida que vale o existir, mesmo que seja eterno. Mas a eternidade é um tempo e a história ensina isto de forma bastante explícita. Ela não mente, às vezes engana e não oculta ele; pois ele, por mais que deseje esconder-se dela, ela o fotografa e lança seu álbum sob o olhar de todos, na galeria do seu contar.
Mas a história anda pelo tempo e ele viaja através dela, marcando a hora do partir e do voltar; do querer e do negar; do chorar e do sorrir; do se alegrar e do entristecer; do falar e do calar. É como se fosse a trajetória do vento que todos vêem a sua fúria, mas não consegue identificar o seu ponto de partida, muito menos o de sua chegada. É como se varrer a areia do mar e cobrir uma constelação com as suas ondas.
O tempo tem, assim como ela também, o ter e o não ter. É o natural que margeia o sobrenatural e aqui nada de “espiritismo”; queremos é distancia dele. Mas o sobrenatural que falamos, é a força que envolve as duas coisas num paradoxo comum de consentimento, aceitação e compreensão celebrado entre eles, pois ambos se precisam e vivem lado a lado. É uma junta, cuja união se faz em atenção, colaboração e seriedade um com o outro, buscando a vitória final que desejam, mesmo que um não tenha tempo e que não precise de história, e que esta historie o seu proceder diante dele e ele diante dela.
Ela é a narrativa dele e ele marca tudo que ela faz. É o psicopata precisando do psiquiatra e o psicólogo do neurologista e o negativo ao redor do positivo. É a chama que persegue o esperar e o desesperado à espera do paciente, que não é doente. É o intempestivo que adentra nela e de suas entranhas surge a luz que escurece os olhos da visão dessas duas criaturas. Ela nunca acaba e ele nunca deixa de existir.
A história revela tudo aquilo que viveu e sobrevive através do tempo e este é responsável pelo período dela, quer seja do seu início, do seu meio e do seu fim. Ela mostra os fatos e os acontecimentos em todas as suas dimensões; ele, por sua vez, faz a cronologia dela. Ela fotografa a realidade verdadeira ou fictícia, enquanto que ele dimensiona o espaço que ela percorre.
O não, que fica entre ela e ele, embora seja uma negação, não causa nenhum dano, porque exprime ou representa apenas o que tem, do tem que está ao seu lado direito; indicando, ai sim, o negativo dela e dele (história/tempo), mas que, tanto um quanto outro existem positivamente e se conhecem como dois íntimos amigos, de época muito distante.
Ela conta o tempo e ele lhe condiciona a um espaço, um tamanho e uma largura; uma medida que vale o existir, mesmo que seja eterno. Mas a eternidade é um tempo e a história ensina isto de forma bastante explícita. Ela não mente, às vezes engana e não oculta ele; pois ele, por mais que deseje esconder-se dela, ela o fotografa e lança seu álbum sob o olhar de todos, na galeria do seu contar.
Mas a história anda pelo tempo e ele viaja através dela, marcando a hora do partir e do voltar; do querer e do negar; do chorar e do sorrir; do se alegrar e do entristecer; do falar e do calar. É como se fosse a trajetória do vento que todos vêem a sua fúria, mas não consegue identificar o seu ponto de partida, muito menos o de sua chegada. É como se varrer a areia do mar e cobrir uma constelação com as suas ondas.
O tempo tem, assim como ela também, o ter e o não ter. É o natural que margeia o sobrenatural e aqui nada de “espiritismo”; queremos é distancia dele. Mas o sobrenatural que falamos, é a força que envolve as duas coisas num paradoxo comum de consentimento, aceitação e compreensão celebrado entre eles, pois ambos se precisam e vivem lado a lado. É uma junta, cuja união se faz em atenção, colaboração e seriedade um com o outro, buscando a vitória final que desejam, mesmo que um não tenha tempo e que não precise de história, e que esta historie o seu proceder diante dele e ele diante dela.
Ela é a narrativa dele e ele marca tudo que ela faz. É o psicopata precisando do psiquiatra e o psicólogo do neurologista e o negativo ao redor do positivo. É a chama que persegue o esperar e o desesperado à espera do paciente, que não é doente. É o intempestivo que adentra nela e de suas entranhas surge a luz que escurece os olhos da visão dessas duas criaturas. Ela nunca acaba e ele nunca deixa de existir.