Para a rainha 'brasileira' da Suécia,o Brasil tem gosto de jabuticaba
Silvia cresceu em SP e fala português fluente; ela e o rei Carl Gustav visitam o país
A plebeia Silvia conheceu o marido, o futuro rei,
durante as Olimpíadas de Munique, em 1972
Sua Majestade, a rainha Silvia Renate Sommerlath, 66 anos, nasceu na Alemanha e vive há quase 34 anos rodeada de serviçais nos 604 aposentos do Palácio Real de Estocolmo, na Suécia. Ela visita o Brasil nesta semana e nesta quarta-feira (23), junto de seu marido, o rei Carl Gustav 16, chega a Brasília para um encontro protocolar com o chefe de Estado brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No meio de tanta pompa e circunstância, a rainha sueca já revelou em uma antiga entrevista à revista Veja que sua passagem pelo Brasil tem gosto de jabuticaba. É que Silvia, Sua Majestade, embora tenha nascido alemã, é uma rainha "brasileira", criada em São Paulo. Dona de um português fluente, quase sem nenhum sotaque, ela passava férias entre as jabuticabeiras da tia, no interior paulista.
No meio de tanta pompa e circunstância, a rainha sueca já revelou em uma antiga entrevista à revista Veja que sua passagem pelo Brasil tem gosto de jabuticaba. É que Silvia, Sua Majestade, embora tenha nascido alemã, é uma rainha "brasileira", criada em São Paulo. Dona de um português fluente, quase sem nenhum sotaque, ela passava férias entre as jabuticabeiras da tia, no interior paulista.
A monarca sueca é filha de Alice Soares de Toledo, nascida em São Manuel (SP). O pai, o empresário alemão Walther Sommerlath, vivia no Brasil nos anos 30, quando conheceu a mulher. Logo após o casamento, foram à Alemanha, onde Silvia nasceu. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o envolvimento, pouco comentado, de Sommerlath com o Partido Nazista alemão trouxeram a família de volta a São Paulo.
A rainha Silvia ainda tem vários primos em São Paulo. Segundo registros da imprensa, ela visita a capital paulista com alguma frequência e fica no apartamento dos familiares, no Morumbi. É que está no Brasil um dos braços da ONG fundada pela rainha, World Childhood Foundation, que trata de crianças e adolescentes expostos à violência.
A princesa Victoria (esq), a rainha e o rei,
a princesa Madeleine e o príncipe Carl Philip (Foto oficial)
A plebeia virou rainha
Este ano de 2010 tem algo de especial para a rainha Silvia. Sua filha mais velha, a princesa Victoria, 33 anos, se casa no próximo dia 19 de junho. Herdeira da coroa e futura soberana da Suécia, Victoria ganhou as páginas dos tabloides europeus há alguns anos, ao vir à tona a notícia de que ela sofria de anorexia.
A prole real fica completa com o príncipe Carl Philip, 31 anos, e a princesa Madeleine, 27.
A vida na realeza começou quase como um conto de fadas. A partir de 1957, a família Sommerlath voltou à Alemanha, onde Silvia se formou como intérprete de espanhol. Os conhecimentos linguísticos seriam de grande valia nas Olimpíadas de Munique, em 1972. Além do português e do alemão aprendidos em casa, ela ainda falava inglês e francês.
Foi assim que conheceu o então príncipe Carl Gustav, enquanto trabalhava no cerimonial. Eles se casaram quatro anos depois. Desde então, a rainha Silvia aprendeu sueco e, como boa monarca europeia, ela reina, mas não governa. Geralmente discreta, a única polêmica envolvendo seu nome foi nos anos 1990. A rainha sugeriu, num discurso, que se controlasse a indústria de filmes pornográficos - e acabou acusada de interferência em assuntos do governo. É que, na civilizada Suécia, é proibido proibir.