05/10/2010

DITAMOLE
Cristina Fam

Ainda escuto WHAT WONDERFUL WORLD, encontro à calma, refresca minha alma, de todas as coisas da qual sou incapaz de mudar no mundo no qual vivemos.

A alma coletiva ainda sofre; no passado, perdemos amigos, parentes, anônimos, na ditadura. “Para não dizer que não ouvimos falar das flores”, sim, era criança, a rosa sangrava.

Hoje, a DITAMOLE ganha eleitor abduzido pela corrupção, anestesiado, amolecido, molestado, desenvolve um gosto pela falta de honestidade, tomados, por uma falsa moral, numa total ausência de ética, ainda que, levados a crer que a política nunca esteve tão certa. Consolada a desonestidade; “rouba, mas faz”, é um clássico, que conforta a alma daqueles seguidores da corrupção.

Em busca de “suas ideologias perdidas”; inexistente, apodrecida moralmente; “flexíveisflexíveis”, por uma ajuda financeira recebida em tempo $propiciado$, o compra silencio; justificada a causa dos desmantelos políticos em busca de enriquecimento ou dias melhores, alguns, tem acreditado no milagre de: - “o povo já não passa mais fome”, ou “acabou a fome do povo”; a mesma foi extinta do nosso país?

Por onde ando ainda vejo muita pobreza, pessoas doentes, desempregadas, propositalmente abandonadas; fico triste, da nó na garganta.

Não é necessário passar fome para saber que é muito doloroso, que atinge o mais profundo do ser, a fome mata; ninguém na face da terra deveria passar tal revés. Entretanto, existem “outras” fomes, que esses homens e mulheres carregam dentro da alma.

A corrupção é gulosa, insaciável.

A política brinca e manipula mentes, principalmente do povo; educados na lei “corrupção mole em cabeça dura”, tanto bate até que fura; convencidos, perto da mentira seguem aliciados na corrupção; negam os princípios da honestidade, foras da lei.

Tudo ficou para trás, já não somos mais crianças, mandamento é coisa pra beatos, algumas igrejas coniventes com a prática da corrupção segue adiante ensinando aos fieis a negação das leis de DEUS; “Não roubarás”; há muito ultrapassado; segue “toda corrupção será perdoada” e não castigada; o tribunal perdoa; a bula da vida na terra dita suas regras, é feita de oportunidades, assim, segue o discurso daqueles, que, com pouca bagagem nas estações da vida...

Lá, nos porões da juventude, amadurece a corrupção em cada; com o passar dos anos, e, de suas dificuldades $$$$ econômicas, justifica. –Não há corrupção! Ninguém pode provar, quem viu? Quem sabe? Prove! “Ele” é inocente, querem derrubá-lo!

Um ex-presidente no passado disse: o povo não sabe votar, o povo é quem corrompe. Já não se caça marajás, nem colarinho branco, colhem-se corruptos em pencas, deles nasce o voto obrigatório da qual conhecemos e votamos por livre e espontânea imposição da democracia Lei que nos obriga a votar em fichas-sujas, corretamente limpo, lavados e enxaguados nos tribunais da suprema corte circense.

-Afirmando que em nosso país já não existe fome, principalmente o nordeste. Teríamos uma DUBAI virtual tridimensional da qual não somos capazes de enxergar.

É! O futuro promissor, bem aqui, onde todos pisamos o mesmo chão de prosperidade, mesa farta, saúde perfeita, dinheiro para prover as nossas necessidades, abundancia em todas as fases da vida, crianças brincando em parques floridos, adolescentes em universidades, idosos sentados na varanda relembrando o belo passado do qual viveram.

O MUNDO MARAVILHOSO projetado pela corrupção. Sem corrupção a política não anda. Morre a ideologia, cantada nos palanques da vida apoiada na muleta do eleitor.

É claro que sofro; conheço muitos passando necessidades básicas, doentes privados de um bom atendimento médico, inclusive crianças a espera de socorro.

Honestidade não é um partido político. Sem os óculos da honestidade, da ética; o ser humano cego segue àquele que não quer enxergar.

A culpa é sempre da outra, a corrupção é um estado de roubar, conivente com a justiça dos homens.

Mas tudo isso é um simples desabafo, não posso aceitar a imposição de mentiras políticas, desejo aposentar meu titulo de eleitor, quero a liberdade da carta de alforria eleitoral.

Fim.