25/11/2010

Nocaute
Cristina Fam
Crédito: Divulgação
A novidade está no ar, o microfone não mente.
Foi num dia importante para tecer comentários, criticas, opinião pessoal, ou não, depende do lado usado, atacando a verdade; a coisa soprou pros quatro cantos da freguesia, para esse mundo e o outro; o furacão do achismo perdeu a oportunidade de ficar calado, mas, ganha fama.

Especialista em assunto aleatório, tocado pelo sentimentalismo, criticando o que está acima do seu baixo entendimento, transmitiu em ondas sonoras a “verdade”, propagou sobre algo que a população desconhecia; aguçando a curiosidade de muitos sobre fatos verídicos.

Foi chamado na chincha, levou puxão de orelha, repreendido em nome da lei, o arrocho foi providencial, já que o cabra se acha.
Pois, recebeu o furo do ano, deve ganhar o premio ‘fora que deu’, mas, ainda teve que corrigir e informar o fato na integra, na pressão, o pé que coube na bota. A sede saciada com a verdade refrescou, entretanto esquentou pegou fogo, -água meus netinho, azeite senhora avó; o pote da informação legal ateou fogo.
Por pura ignorância, espalhou ele a maior fofoca da cidade, pura dinamite; vontades de muitos deveriam ser abafadas. Ele jogou a coisa nas ondas do ventilador, foi muito longe, não é possível recolher palavras ao vento.
Pois bem: a fala mais ouvida fecundou a população que nem atinava para tal fato; dura realidade passo a passo do boletim foi lido em grande audiência, as fofocas mais tocadas, noticiadas de primeira mão, ate surdo tomou conhecimento da novidade, muitas vezes o giro não faz jirau, muito menos quem vem do chão desce ao porão.

Absurdo ou não, quem o conhece sentiu a vergonha espalhada transmitida em ondas; olha que a coisa foi longe; até especialista em letras apagadas e ciências ocultas não consegui prever o furo da noticia.
Quem tem amigo assim não precisa de inimigo, foi o próprio quem espalhou a bomba, ninguém desligou; depois o comentário, não o assunto e, sim, ele o falador, -
o bicho leu até umas horas, agora não leia para dar uma dor. Fio do “cabrunco” corajoso!

Os homens inteligentes, educados, conhecem o seu verdadeiro lugar; jamais tomar a frente daquilo que não lhe pertence, vem o chefe que é supremo, para repreendê-lo.

Pintura só clássica, mas tem gente que não dorme, vigia, pegou o bicho com a boca no trombone; colheu o plantado, jabuti não sobe em pé de jurema. Sem dar nome ao boi, para não constranger mais, o que foi passado na freguesia do sertão de cima.

Foi a lição mais amarga transmitida em nome da verdade, arrebitado desconfortavelmente, azoando a goela, acuado, no zôo particular da corroída opinião; dizem que foi pior, a dor é sentida, a junta de revoltados sigilosamente conspira a favor do indigente maltrapilho.

O microfone não mente; o abuso da liberdade alforriada em freqüência modulada, parecer “técnico” apita pelada da 5ª divisão, atochando um belo gol contra, deu frango! Encurralado em freqüência, horário determinado, aberto o microfone; explicito jogo de palavras, por livre e espontânea pressão, nocaute!