Ex-candidato diz que vereadores cobram até R$ 600 mil para apoio no interior
Fonte; bahianoticias /por Rebeca Menezes
Para PRE, investigação depende de denúncia formal | Foto: Max Haack/Ag. Haack|BN
O
deputado estadual Carlos Gaban (DEM), ex-candidato à reeleição, denunciou
novamente nesta terça-feira (12) a existência de “compra” de apoio político em
cidades do interior da Bahia.
Na
última sexta (8), o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), chegou a dizer
que essa prática “banalizou”. “Eu nunca vi nada igual ao que estou vendo esse
ano. É como se tivesse banalizado que a coisa funciona assim e ponto final. Eu
não sei porque não estou na ponta, mas todos os relatos que tenho são esses
(compra de lideranças)”, relatou o petista.
Gaban
que retirou sua candidatura à Assembleia Legislativa - assim como Sérgio
Carneiro (PT), Sérgio Passos (PSDB) e Graça Pimenta (PMDB) - calcula que para se eleger um
deputado estadual é necessário, aproximadamente, R$ 2,6 milhões. “Um vereador
com 500 votos estava pedindo R$ 500 mil, R$ 600 mil.
Tem 'nego' recomprando voto e o Tribunal
Eleitoral não está fazendo nada”, reclamou em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo
o procurador Regional Eleitoral André Luiz Batista Neves, para que o órgão
investigue o problema é necessário que haja uma denúncia formal ao promotor de
qualquer Zona Eleitoral ou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que a partir
disso fará uma investigação com auxílio da Polícia Federal.
A
denúncia, contudo, não pode ser anônima. “A Constituição proíbe o anonimato a
não ser que o relato seja acompanhado de provas cuja obtenção, em si mesma, não
seja ilícita”, explicou ao BN.