Texto: Espedito Lima
Crédito: Divulgação
Foto: facebook
A Pátria é uma nação, um país, uma terra, um
povo, uma gente, um pai e uma mãe, um município e um estado. É o suspiro de
cada um de seus habitantes, o berço que acomoda novos e velhos, ricos e pobres,
pretos, brancos, religiosos ou não.
É a casa que hospeda grandes e pequenos, os de
dentro e os de fora, mansos e bravos, ignorantes e inteligentes, analfabetos e
sábios. É uma árvore que agasalha seus próprios frutos, flores, galhos, caule e
raiz; sol, lua, estrelas, noites e dias, mar e
rios.
É o sentimento que arde nas veias do seu
patriotismo e a esperança que alcança o brio da conquista que sacode as
estruturas do seu civismo. É o canto soprado pelos lábios dos que ostentam a
virtude de sua alegria, a fartura dos que colhem no seu campo e as auroras que
bailam suas madrugadas, como se estivessem num teatro que aplaude seus atores,
exibindo seus dramas, suas peças.
É o ontem tempo que passou com lutas severas e
disputas por coroas, império e reinado, por um João e por um Pedro, sexto,
segundo e primeiro. Ela é o mês de abril, o ano de quinhentos mais mil, um
Porto bem distante, bem longe, um escudo verdejante, alto, esbelto, elegante,
imponente, cheio de orgulho, forte e seguro.
É o manto que cobre e envolve a mansidão do seu viver,
a riqueza de sua história, a exuberância de sua extensão, o solo prateado que
por ela se arrasta durante as quatro estações. Ela é o Amazonas com sua densa
floresta, o sul com os seus pampas, o sudeste com suas indústrias, o
centro-oeste com seu pantanal e o nordeste com sua dourada paisagem costeira,
banhada por um mar incolor.
É a Vera que se mostra aos pés da Cruz e a
Cabrália que para muitos és santa, o Pascoal avistado como um pássaro, cuja
visão empolgou o português, batizado em suas terras com o nome de Cabral. A
essência suntuosa dos seus símbolos, a exemplo de brasões e bandeiras, que são
expostos e içados sobre um solo fértil e varonil num país gigante e chamado
Brasil.
É a patente de seus coronéis, o chicote de seus
patrões; seu ouro, seu café, sua cana, suas aves, seus papagaios, seus índios e
escravos, sesmarias, engenhos, senzalas, quilombos e quilombolas; o sete de
setembro, seu grandioso dia, do seu Ipiranga que cheio de eloquência, pompa,
honra e glória, dignificou e celebrou sua independência.