Por que outros países recusam a urna eletrônica brasileira?
Fonte: http://www.tribunadainternet.com.br
Em palestra proferida no Equador em dezembro de
2013, o engenheiro Amilcar Brunazo Filho, citado em matéria na Tribuna da
Internet sobre a falta de confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, fez
algumas colocações que não trazem nenhuma tranquilidade para o eleitor:
“As máquinas usadas no Brasil, do tipo DRE
(Direct Recording Electronic), são totalmente dependentes de softwares e não atendem
ao Princípio da Publicidade.
Por quê? Porque o eleitor, quando vota nessas
máquinas, digita em um teclado o número do seu candidato, aparece uma foto, ele
aperta a tecla verde e confirma o voto. Esse voto é gravado na memória da máquina,
gerando um ‘Registro Digital do Voto’. Mas o eleitor não tem como saber se o
que foi gravado é o que ele viu na tela. Ou seja: não há transparência. O
eleitor não pode conferir o registro do próprio voto; em quem ele votou. Por
isto esse tipo de máquina de 1 ª geração não atende ao Princípio da Publicidade
e foi declarada inconstitucional na Alemanha.
Outro problema é que, ao final do dia, quando
acaba a votação e se faz a apuração dos votos, o presidente da mesa digita uma
senha e a máquina totaliza o resultado. O resultado se chama ‘ata de
escrutínio’ (ou Boletim de Urna, no Brasil), que é a soma dos votos registrados
e contados naquela máquina.
Acontece que esse total dos votos não pode
ser conferido pelos fiscais dos partidos. Eles não podem saber – não têm como
saber – se aqueles totais que estão ali, naquela ata, são a soma dos votos que
os eleitores viram na tela. Ou seja: novamente o agente do processo, que são os
candidatos, não tem como saber se a soma dos votos foi correta.
Também por isso, esta máquina não atende ao
Princípio da Publicidade e também não contempla o Princípio da Independência do
Software . Esta máquina funciona corretamente, se o software estiver correto.
Se houver algum erro não detectado no software, ela pode, eventualmente, afetar
o resultado de maneira indetectável.”
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E então, você continua confiando cegamente nas urnas eletrônicas brasileiras, que são como jabuticabas, só existem aqui?…
E então, você continua confiando cegamente nas urnas eletrônicas brasileiras, que são como jabuticabas, só existem aqui?…