31/03/2015

Conta de energia na Bahia vai aumentar até 9,6% a partir de 22 de abril

Fonte: ozildoaves / Informação: Flávio Oliveira Rede Bahia
Crédito: Divulgação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vota no próximo dia 14 de abril – para valer a partir do dia 22 do mesmo mês - o percentual de reajuste da tarifa de energia cobrada pela Coelba. A votação foi antecipada em uma terça-feira em função do feriado do dia 21 (Tiradentes). A majoração deve ficar, na média, entre os preços de baixa (residências) e alta tensão (indústrias e comércio pesados) deve variar entre 5,6% e 9,6% segundo uma fonte da administração da empresa ouvida pela coluna. Este ano, a agência reguladora fez uma sutil mudança no processo de reajuste tarifário. Até 2014, as empresas enviavam à agência o IRT, Índice de Reposição Tarifário. Na prática, um pleito do índice de reajuste. Acontecia um ruído de comunicação uma vez que a Aneel decidia a taxa pelo Efeito Médio para o Consumidor. Neste ano, a votação se dará sem a apreciação de qualquer pleito feito pelas empresas. Em fevereiro, a Aneel concedeu à Coelba um reajuste extraordinário médio de 5,4%, valor bem abaixo da média dada a 53 empresas distribuidoras de energia, que foi de 23,4%.
Coelba está menos exposta a riscos
O aumento extraordinário foi concedido em função da seca que diminuiu a produção de energia pelas principais hidrelétricas do país, o que aumentou o despacho da energia produzida por usinas térmicas, até quatro vezes mais cara. Outra fonte ouvida pela coluna – conselheiro da Federação das Indústrias da Bahia - explica que a Coelba está menos exposta a riscos que outras distribuidoras de energia, e que, por isso, o reajuste anual deve seguir a mesma tendência e ficar abaixo da média nacional. A direção da Coelba, segundo uma das lideranças da companhia, trabalha com a expectativa de que a soma dos reajustes extraordinário e anual gere um índice entre 12% e 15% ante a tarifa cobrada no ano passado. Os reajustes da conta de luz, bem como de outros preços administrados pelo governo, são os vilões da alta inflacionária deste início de ano, conforme análise do Banco Central, que estima que a energia vai subir, em todo o Brasil, 27,6% até o final deste ano. No horizonte do mercado há a possibilidade de pelo menos mais um reajuste extraordinário para todas as distribuidoras.