Conta de energia na Bahia vai aumentar até 9,6% a partir de 22 de abril
Fonte: ozildoaves / Informação: Flávio Oliveira Rede Bahia
Crédito: Divulgação
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) vota no próximo dia 14 de abril – para valer a partir do dia
22 do mesmo mês - o percentual de reajuste da tarifa de energia cobrada pela
Coelba. A votação foi antecipada em uma terça-feira em função do feriado do dia
21 (Tiradentes). A majoração deve ficar, na média, entre os preços de baixa
(residências) e alta tensão (indústrias e comércio pesados) deve variar entre
5,6% e 9,6% segundo uma fonte da administração da empresa ouvida pela coluna.
Este ano, a agência reguladora fez uma sutil mudança no processo de reajuste
tarifário. Até 2014, as empresas enviavam à agência o IRT, Índice de Reposição
Tarifário. Na prática, um pleito do índice de reajuste. Acontecia um ruído de
comunicação uma vez que a Aneel decidia a taxa pelo Efeito Médio para o
Consumidor. Neste ano, a votação se dará sem a apreciação de qualquer pleito
feito pelas empresas. Em fevereiro, a Aneel concedeu à Coelba um reajuste
extraordinário médio de 5,4%, valor bem abaixo da média dada a 53 empresas
distribuidoras de energia, que foi de 23,4%.
Coelba
está menos exposta a riscos
O aumento
extraordinário foi concedido em função da seca que diminuiu a produção de
energia pelas principais hidrelétricas do país, o que aumentou o despacho da
energia produzida por usinas térmicas, até quatro vezes mais cara. Outra fonte
ouvida pela coluna – conselheiro da Federação das Indústrias da Bahia - explica
que a Coelba está menos exposta a riscos que outras distribuidoras de energia,
e que, por isso, o reajuste anual deve seguir a mesma tendência e ficar abaixo
da média nacional. A direção da Coelba, segundo uma das lideranças da
companhia, trabalha com a expectativa de que a soma dos reajustes
extraordinário e anual gere um índice entre 12% e 15% ante a tarifa cobrada no
ano passado. Os reajustes da conta de luz, bem como de outros preços administrados
pelo governo, são os vilões da alta inflacionária deste início de ano, conforme
análise do Banco Central, que estima que a energia vai subir, em todo o Brasil,
27,6% até o final deste ano. No horizonte do mercado há a possibilidade de pelo
menos mais um reajuste extraordinário para todas as distribuidoras.