Prestação de contas da campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff tem graves irregularidades
Fonte:interiordabahia
Mendes: 'PT pagou R$ 24 milhões à empresa de um ex-motorista'
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou na
última quinta-feira (30) que a prestação de contas da campanha que reelegeu a
presidente Dilma Rousseff pode ter “irregularidade grave”.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha,
Mendes, relator das contas de Dilma no TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
prorrogou por um ano uma decisão que obriga que os arquivos eletrônicos da
prestação de contas da presidente e do comitê financeiro do PT em 2014 fiquem
disponíveis no site do tribunal.
O prazo terminaria em maio. O ministro
argumentou que a revelação “de fatos gravíssimos” relacionados às contas da
campanha “evidenciam a imperiosidade de manter franco acesso aos documentos”.
Providências
“Nós encaminhamos esse material todo à
Receita, ao Ministério Público, ao TCU, Coaf e pedimos providências. Alguma
coisa está andando em relação àqueles achados, mas pode se verificar outros.
Um dos indícios de irregularidades
apontados pelo ministro seria a contratação da Focal Confecção e Comunicação
Visual, empresa que recebeu R$ 24 milhões da campanha, ficando na posição de
segunda maior fornecedora, tem como um dos sócios administradores uma pessoa
que, até o ano passado, declarava o ofício de motorista como profissão.
“Só aqui nesta rápida passagem nós
vimos a empresa Focal, a segunda maior receptora de recursos, 25 milhões, uma
empresa com uma estrutura modestíssima, para montar palanques. Quando se sabe
que essa é uma atividade descentralizada, provavelmente temos aqui alguma
irregularidade grave”, disse o ministro.
Em dezembro do ano passado, o TSE
provou com ressalvas as contas da campanha de Dilma Rousseff. A campanha
detalhou alguns gastos, que deveriam estar na primeira prestação parcial de contas,
somente na segunda. Também deixou para a prestação final despesas que deveriam
estar expressas na segunda parcial.
Nota da redação do
blog Tribuna da Internet: O cerco está sendo apertado. Se Dilma sofrer impeachment,
assume o vice Michel Temer. Se for condenada por crime eleitoral, ela e Temer
são cassados e assume o candidato derrotado Aécio Neves. Eis a questão.
Márcio Falcão – Folha
de São Paulo