21/02/2009

Cerveja Skol poderá pagar R$ 600 mil por publicidade irregular
Jovino Fernandes
Redação CORREIO
De acordo o superintendente Cláudio Silva, da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), a cerveja Skol poderá pagar quase R$ 600 mil por fazer publicidade irregular nos circuitos do Carnaval de Salvador.

Nesta sexta-feira (20), a Sucom notificou nos circuitos cerca de 400 peças publicitárias irregulares. Caso os materiais permaneçam colocados até amanhã (21), a cervejaria deverá pagar R$ 1.508,20 por cada peça. Além disso, segundo a Sucom, os donos dos imóveis também podem ser autuados para pagar a multa junto com a marca Skol.

O superintendente informou que a cervejaria está oferecendo brindes e cervejas para moradores da região dos circuitos para que coloquem símbolos da marca nos imóveis. A ação de publicidade da Skol é considerada ilegal, pois o espaço publicitário do carnaval da capital baiana teve sua maior cota de patrocínio comprada pelo Grupo Schincariol. Portanto apenas essa marca pode exercer o direito desse tipo de publicidade nos circuitos da folia, com direito à proibição da concorrência, resguardada por lei municipal. A exceção são para o bloco Skol e camarote do Nana, que são patrocinados pela Skol.

O superitendente afirmou que mesmo os imóveis sendo propriedade particular, os donos tem que cumprir a determinação da lei. “Quando uma pessoa coloca, de forma voluntária, o símbolo de uma determinada marca não tem nenhum problema. A irregularidade é quando isso se confiugura como ação de promoção publicitária. Como identificamos hoje, por exemplo, em um prédio no Campo Grande que tinha banners da Skol do 1º ao 10º andar”, ressaltou Cláudio.

“Isso é um desrespeito à concorrência. Há 30 dias mandei um comunicação para a Ambev - Companhia de Bebidas das Américas - indicando que qualquer tipo de ação publicitária fora da lei seria proibida, mas a Skol está desrespeitando isso”, complementou o superintendente.

A Cerveja Skol foi procurada pela reportagem do CORREIO, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.